Itajaí

Dono da Casanova é investigado por estelionato

MP e polícia estão bizolhando os rolos da construtora

O cerco está se fechando pra construtora Casanova. Após várias denúncias por fraudes em vendas de imóveis em Balneário Camboriú, o Ministério Público da Maravilha do Atlântico solicitou a abertura de um inquérito policial pra investigar as possíveis broncas da empresa e do proprietário, Claudinei de Proença. A polícia deve ouvir cerca de 30 pessoas, entre vítimas e testemunhas, nos próximos dias, pra tirar essa história a limpo. Além das pendências aqui na Santa & Bela, o chefão da construtora ainda tá todo enrolado na justa do Paraná, onde responde a outros processos de acusação por crimes semelhantes. Em junho, o DIARINHO publicou algumas denúncias contra a construtora.

O delegado responsável pela investigação na depê do Balneário, André Manoel de Oliveira Filho, afirma que já ouviu algumas pessoas e que o próprio Claudinei já teria confessado pelo menos uma falcatrua ...

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O delegado responsável pela investigação na depê do Balneário, André Manoel de Oliveira Filho, afirma que já ouviu algumas pessoas e que o próprio Claudinei já teria confessado pelo menos uma falcatrua na hora de vender um imóvel. “Estamos ainda no início das investigações, mas já ouvimos algumas vítimas e o proprietário, que chegou a admitir que vendeu um imóvel sem possuir o terreno para a construção da obra. Isso é crime de estelionato”, explica o delegado, que ainda revela o número de pessoas que devem dar um plá no inquérito. “Ao todo, temos 10 vítimas e mais 20 testemunhas pra ouvir nos próximos dias”, conclui.

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Só na justa do Balneário, o chefão da construtora responde por quatro processos. Num deles, Claudinei já tá quase perdendo um terreno no bairro Vila Real, onde deveria construir um prédio. Além disso, um dos apartamentos desse prédio, que provavelmente nem vai ser construído, serviu de pagamento pra compra de outro terreno no mesmo bairro. “O proprietário comprou o terreno do meu cliente em dezembro do ano passado, mas ele não pagou as parcelas seguintes. E ainda descumpriu com um acordo feito na Justiça em maio. Agora ele terá que devolver o terreno e pagar a multa referente. O processo já está em fase final, restando apenas a decisão da Justiça”, conta o advogado Eraldo dos Santos, que defende uma das vítimas de calote do dono da construtora.

A reportagem entrou em contato com Clair Junkes, advogada de Claudinei no processo movido na justa do Balneário, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

Bronca até no Paraná

Além dos perrengues no Balneário, Claudinei também responde por denúncias semelhantes na justa de Curitiba. Uma das vítimas foi José Luís Vidal, que chegou a pagar R$ 57 mil pilas pra construtora Barra Grande, sediada em Curitiba e que pertencia a Claudinei, pra ele levantar uma baia na capital paranaense, em julho de 2009. “O terreno já era nosso, então pagamos o valor de R$ 57 mil, conforme estava no contrato, pra ele construir a casa. Na época, nos pareceu um bom negócio, mas ele só fez a fundação e depois sumiu”, conta o curitibano.

José ainda revela que, desde fevereiro de 2010, quando abriu um processo contra o Claudinei na justa do Paraná, já conversou com outras pessoas que teriam sofrido o mesmo golpe em Curitiba. “Procurando provas contra a empresa pra anexar no processo, já encontramos mais duas famílias que sofreram o mesmo golpe que a gente. Também descobrimos que ele já tinha aberto outra construtora, de nome Max Weber, e que antes da Barra Grande ele teve uma empresa chamada Claudinei de Proença Ltda. Espero que a Casanova seja a última empresa que ele usa pra enrolar as pessoas”, desabafa.

O golpe

Em junho, o DIARINHO publicou uma entrevista com um ex-funcionário da Casanova, quando ele revelou que os proprietários da empresa pagavam pequenas quantias pros donos dos terrenos na compra, mas depois nunca honravam com as outras parcelas. O ex-funcionário também falou que, em mais de um ano de atuação na city, a construtora não teria levantado nenhum prédio.

Segundo as denúncias, mesmo sem ter alvará de construção pra erguer os prédios, e também sem a documentação de incorporação e averbação dos projetos – o que é ilegal –, a construtora vendia os futuros apartamentos, cobrando uma entrada, que podia ser paga em dinheiro ou até através de penhora de bens, como um possante ou uma moto.

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A reportagem também mostrou que a Casanova usava o nome do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, sem autorização, e não tinha licença do conselho Regional de Corretoras de Santa Catarina (Creci/SC) pra poder vender imóveis.



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