A Capital da Pedra está em estado de atenção. A desgraceira atingiu principalmente o bairro Monte Alegre. De manhã, o rio transbordou e alagou as ruas Monte Caraíba, Monte Serra Fina, Monte Cruzeiro, Monte Branco, Monte Serra Negra, Monte Corcovado e Pitangueira. À tarde, o nível voltou ao normal, mas durante à noite voltou a incomodar os moradores da rua Monte Serra Fina e na entrada do loteamento Conde Vila Verde.
O secretário de Obras José Pedro Costa disse que, pra tentar diminuir os alagamentos, foram feitos 300 metros de galeria na localidade, mas ainda falta acabar com outro pedaço, que deverá beneficiar a população nos dias de muita chuva. Precisa investir em drenagem, diz ele.
Casa
No bairro Taboleiro, um muro despencou na rua Figueira. O dono da casa, Jandir Toledo, 43 anos, conta que a treta rolou porque foi cavada a terra do terreno ao lado e o muro não tinha como ficar em pé. Por sorte, não fez nada na casa, comemora o homem. A área foi vistoriada e brecada pela defesa Civil, mas ontem a família ainda estava na moradia. Também despencou terra no morro que leva pra loja maçônica, na entrada da Capital da Pedra. Uma pista ficou brecada e ninguém se machucou.
O rio Camboriú saiu do nível normal na noite de ontem, mas não chegou a atingir moradias. A coordenadora da defesa Civil, Carla Krug, acredita que a pendenga maior deveria rolar na madrugada, quando a previsão era de maré alta novamente. Mostrando o total despreparo da defesa Civil, ela não soube informar o nível máximo do rio pra que seja decretado alerta ao povão. Quem notar que o aguaceiro está tomando conta da sua moradia, deve picar a mula o quanto antes.
As aulas do Instituto Federal, o antigo colégio Agrícola, foram suspensas até segunda-feira. Até a noite de ontem, a prefeita Luzia Coppi Mathias ainda não tinha decretado brecada nas aulas pra criançada.
A terra cedeu na Maravilha
Em Balneário Camboriú, a desgraceira foi nos morros. Uma montoeira de terra deslizou da avenida Interpraias, bem em frente à praça Mário Covas. O barro tomou conta de metade da via e os peões da secretaria de Obras tiveram que ser rápidos pra limpar a pista. Os funcionários já estão fazendo a remoção da terra, mas podem ocorrer outros deslizamentos, informou ontem o chefe da defesa Civil Maurício Chedid, o Cuca.
Também rolou deslizamento na estrada da Rainha. Por lá a terra cedeu na margem da via e deixou a turma da defesa Civil em alerta. Por sorte, não atrapalhou o trânsito. As atenções especiais ficaram voltadas ainda pros morros do Cristo Luz e da Pedreira, no bairro da Barra, onde também há risco de deslizamentos. Os moradores que notarem qualquer movimento de terra devem sair de casa imediatamente, alerta Cuca.
Na noite de ontem foi a vez da terra escorregar na estrada de acesso ao bairro São Francisco de Assis, o popular Barranco. Perto do loteamento Jardim Denise, o barro tomou conta da margem da via. Já o rio Peroba, no bairro São Judas Tadeu, quase transbordou, mas não atingiu nenhuma casa.
Balsas
A previsão é que a correnteza fique forte pacas hoje. Com tanto lixo passando rapidão pelo rio Camboriú, é possível que a travessia das balsas que ligam o Barranco e o bairro Vila Real seja brecada por questão de segurança. Até ontem, os serviços rolavam normalmente.
À noite, um deslizamento no morro do loteamento Jardim Denise interditou uma casa e uma família acabou retirada de lá. Eles devem ficar na casa de parentes. Já no bairro das Nações, o povão viu uma pequena movimentação de terra no morro, mas não chegou a rolar deslizamento.