Dois quilos de maconha e 650 gramas em duas pedronas de crack. Esse foi o motivo da cana pra Rodrigo de Oliveira Teixeira, o Digo, 20 anos, guentado terça-feira à noite por policiais militares e que fazia tele-entrega de drogas em Navegantes. Digo já é conhecido dos homidalei por ter assassinado com um tiro nas costas, em 2009, o jovem Arthur Rosa Vieira Brandão, então com 19 anos. O bandido tava respondendo o processo em liberdade.
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O garotão foi surpreendido pelos homidalei às 20h, quando saía de casa, na rua Francisco Marcelino Vieira, 350, no centro de Navega. No bolso da blusa de moletom, levava um torrão de maconha. Perguntamos ...
O garotão foi surpreendido pelos homidalei às 20h, quando saía de casa, na rua Francisco Marcelino Vieira, 350, no centro de Navega. No bolso da blusa de moletom, levava um torrão de maconha. Perguntamos se tinha mais droga, e ele nos levou até o quartinho dele, onde havia mais dois quilos de maconha, 650 gramas de crack e R$ 684 em dinheiro, contou o soldado PM Wanderley Waldemar Felício.
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Digo informou que a porcariada toda foi trazida de Tijucas. A cidade [Tijucas] é a base do PGC [primeiro Grupo Catarinense], que é o crime organizado no estado. Devido ao pouco efetivo, a criminalidade lá é grande, opinou o soldado.
Com a cueca melada, o jovem traficante confessou também à polícia que a motoca Biz em que estava, cuja documentação tava atrasada há dois anos, era usada pro leva-e-traz da droga que comercializava.
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Ainda de acordo com o soldado Wanderley, a polícia já tava no encalço do trafica há pelo menos dois meses.
Deu em cima da namorada do cara e depois o matou
Digo matou Arthur com um tiro no lombo em 15 agosto de 2009, em Navegantes. Depois do crime, ficou um ano e dois meses foragido. Em setembro do ano passado foi preso andando de motoca em alta velô pela cidade.
Ele ficou enjaulado por três meses na unidade Prisional Avançada (UPA) de Brusque e saiu de lá em dezembro de 2010.
Como Digo andava dando em cima da namorada de Arthur, os dois marcaram de resolver as contas na casa de um conhecido, no bairro São Domingos. Arthur, que estaria desarmado, foi tocaiado e levou um tirombaço nas costas.
O autor do disparo nega a tocaia. Diz que a arma estava com Arthur e que os dois caíram na porrada. O tiro teria sido disparado sem querer. Na época, a polícia descobriu que o revólver pertencia a Eduardo Mafra, dono da casa onde os dois gurizões se encontraram. O trabuco foi jogado no rio logo depois do assassinato.
Eduardo chegou a ficar preso uns dias depois do crime. Foi solto e acabou preso novamente em setembro do ano passado. Passou dois meses no cadeião do Matadouro, até ganhar a liberdade outra vez. Atualmente, livre leve e solto, trampa como manobrista no ferri-bote.
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O comerciante Valdir Gomes Cardoso, 51, tio de Arthur, disse ontem ao DIARINHO que tava satisfeito e aliviado com a prisão de Digo e também com a decisão recente da dona justa que negou o pedido de anulação do júri popular, feito pelo advogado do assassino. Meu sobrinho não usava drogas e levou um tiro covardemente. A gente está muito feliz, admitiu.