O DIARINHO fez uma ronda por vários bairros de Itajaí e flagrou uma lista sem fim de irregularidades.

Do centro, a reportagem seguiu pro Cordeiros, São Viça e foi desembocar no São João. Em uma hora zanzando pelas principais ruas da city, foi fácil observar os absurdos cometidos no trânsito. O campeão de desrespeito foi estacionamento em local proibido. Na rua Francisco Reis, no Cordeiros, uma cena irônica. Três caminhões contêineres, com motores desligados, formaram uma fila em frente a uma placa com a seguinte inscrição: Proibido parar e estacionar [símbolo] caminhão. Com dados atualizados até quarta-feira, 21 carangos foram multados em setembro por estacionar irregularmente.

Povão tem medo do trânsito

O aposentado José Durval da Silva, 61 anos, chegou a abandonar Itajaí por conta do trânsito caótico. “Morei minha vida toda aqui, mas fui pra Penha. Lá é bem mais sossegado. Aqui os motociclistas se metem no meio dos carros, batem no retrovisor e ainda saem rindo da gente”, relata, indignado. As carretas foram outro motivo pro tiozinho vazar da city peixeira. “É tudo muito congestionado”, lamenta.

Pro Luiz Gustavo Ribeiro Ribas, 18 anos, a cara de pau dos motoristas imprudentes surpreende. O guri passava pela Marcos Konder quando viu um carango todo atravessado. Metade na calçada e outra na rua. “Como uma pessoa dessas tem autorização para dirigir? Além de ter estacionado dessa maneira, a motorista do carro saiu falando ao celular como se nada tivesse acontecido”, conta, espantado.

Ajoelha e chora

Quando se fala em trânsito deve-se pensar nos pedestres, ciclistas, motoristas e também na tração animal. Todos dão um jeito de infringir a lei e o bom senso, de acordo com o Zé da Codetran. Pro abobrão, quando todas as categorias passarem a se respeitar, o trânsito de Itajaí poderá ser considerado bom. “Educação é fundamental. As nossas mobilizações têm gerado resultado, mas isso é lento e gradual”.

Zé, contudo, comemora a redução no número de óbitos no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, 10 a menos.