As manhãs do empreiteiro Nicolau Mussi Neto, 45 anos, do Balneário Camboriú, tinham sempre a mesma rotina. Às 7h da matina ele buscava um empregado no bairro da Barra e depois levava seu filhote de 11 anos na escola. Ontem, foi diferente. Nicolau foi surpreendido por atiradores que tiraram sua vida na frente da criança. O empreiteiro morreu no pátio da quitinete onde mora seu funcionário. Uma das pistas levantadas pela polícia é que Nicolau teria uma desavença das brabas com outro empreiteiro, que não teve o nome divulgado.

O crime aconteceu na rua Donaciano Santos, no bairro da Barra. Nicolau estacionou a Ranger prata, placa DDP 7391 (Balneário Camboriú), e foi até o portão que dá entrada pro conjunto de quitinetes. Os moradores que viram a execução disseram que o empreiteiro foi surpreendido por quatro homens armados. Não houve qualquer conversê entre eles. Só mesmo balaços pra cima do empresário.

Nicolau chegou a entrar desesperado no corredor que dá para as portas das quitinetes. Mas não durou muito. Morreu com seis tiros que atingiram a cabeça, as costas e os braços do coitado.

O menino de 11 anos assistiu a toda a agonia do pai. O garoto permaneceu o tempo todo na caminhonete e, sob estado de choque, foi socorrido pelos paramédicos do Samu antes de ser levado para casa.

As testemunhas contaram pra polícia Militar que os atiradores tavam num carango Línea preto. Mesmo a PM tendo vasculhado toda a região, os assassinos não foram encontrados.

Vingança por cobrar uma dívida na marra

A polícia trabalha com a hipótese de vingança. Nicolau vinha tentando cobrar uma dívida de outro empreiteiro. Os dois já chegaram a bater boca publicamente. Irritado com a velhaquice, há poucos dias Nicolau perdeu a cabeça e teria, com um outro veículo, detonado o carango do outro empreiteiro.

A PM já se adiantou às investigações e descobriu que o suspeito tem um Línea registrado em seu nome. A polícia Civil assumiu o caso e continua na mesma linha de investigação.

Nicolau morava na rua do Cristo Luz, onde também fica a obra que vinha tocando com o funcionário que ontem pela manhã foi buscar em casa pela última vez. O principal suspeito de ser o mandante do crime estaria construindo prédios populares no bairro da Barra.