Não basta ter belas praias e badalação na noite pra conseguir atrair o turista hoje. A afirmação é da mestre em Turismo e Hotelaria, Silvia Regina Cabral. A entendida diz que é preciso muito mais, como uma união administrativa entre os municípios na melhoria da infraestrutura das cidades pra receber quem vem de fora. No Dia Mundial do Turismo, comemorado hoje, o DIARINHO foi ver o que falta pras cidades turísticas da região se desenvolverem ainda mais.
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Como não poderia deixar de ser, a avaliação começou por Balneário Camboriú, o maior polo turístico do sul do Brasil. Sobre infraestrutura, Silvia considera os serviços de atendimento ao turista, ...
Como não poderia deixar de ser, a avaliação começou por Balneário Camboriú, o maior polo turístico do sul do Brasil. Sobre infraestrutura, Silvia considera os serviços de atendimento ao turista, como transporte, saúde e ainda restaurantes e hotéis, e diz que na Maravilha do Atlântico a coisa não tá tão boa assim. A deficiência é muito grande. Ainda temos um problema de atendimento e não temos um serviço específico pra esse turista, lasca, exemplificando que no Balneário a maioria das calçadas não é preparada pra idosos e deficientes.
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A turismóloga diz ainda que mais técnicos e profissionais do turismo estão sendo contratados pelas administrações públicas, o que ajuda a melhorar a estrutura das citys, mas lamenta que o processo tem sido sazonal, ou seja, só numa determinada época do ano. Precisa investir nisso o ano todo. O turista tá muito exigente, considera, lembrando que há bastante tempo o turismo em Balneário não rola só no verão. Tá bem acentuado o turismo de eventos e da melhor idade.
Pelos lados da prefa, o diretor da secretaria de Turismo Ademar Schneider garante saber da necessidade de melhorar os serviços na Maravilha do Atlântico, mas jura que a infraestrutura vem avançando. Pra ele, ações expressivas, como a continuação das obras do binário, melhoria nos acessos à cidade e as obras em avenidas principais ajudam a melhor receber os visitantes. No entanto, quando o assunto é profissionalização, ele admite que a qualificação dos trabalhadores ainda não tá adequada à demanda. Falta profissionalização específica pra copa do Mundo e outros grandes eventos que vão acontecer, destaca Ademar.
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Números expressivos
Na temporada de verão passada, a Maravilha do Atlântico recebeu 1,8 milhão de turistas e Ademar acredita que este número vai aumentar de 7% a 10% neste verão. Mas nós trabalhamos também pra aumentar a demanda turística na média e baixa temporada. Esse é o nosso intuito, informa o bagrão.
Cidades têm que se unir
Além da infraestrutura, outro problema que Silvia destaca é a falta de um roteiro regionalizado pros turistas na região. Ela acha que as prefeituras de Itapema, Porto Belo, Bombinhas e Balneário deveriam se unir pra atrair ainda mais visitantes pra todos os locais, e não apenas pra uma cidade. Hoje, cada município já tem sua demanda, mas tem que partir do princípio que quem vem pro litoral não vem apenas pra Balneário ou Itapema, explica a muié. Uma forma de resolver isso seria fazer com que as políticas do estado sejam regionalizadas. Ainda tá muito individualizado, cada município faz sua ação, alerta.
Caso essa união não role, Silvia acredita que a região vai começar a perder turistas. Tem muita concorrência, é preciso sempre atualizar e buscar qualidade que queremos quando estamos a lazer, a negócios. A gente quer sair de casa pra encontrar estrutura melhor e não pior. O turismo tem que estar com a casa preparada, descasca.
Já Ademar lembra que o conselho do turismo e alguns consórcios da região da Amfri discutem essa problemática e tão tentando fazer ações em conjunto. Trabalhamos em ações pra capacitar os atendentes, incentivando que o turista conheça outras cidades. Nós trabalhamos muito da forma regional, acreditamos que temos mais força com a diversidade turística, sidefende o bagrão, acrescentando que até Blumenau tá inclusa nesse pacote, já que vende outra diversidade pra turistada.
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