Deve chegar ao Ministério Público nos próximos dias a denúncia de que a prefeitura do Balneário Camboriú contratou uma empresa depois de ela ter concluído serviços pra administração municipal. A Ampio Consultoria e Engenharia teria feito o levantamento do valor das moradias a serem desapropriadas pra continuação da obra da avenida Martin Luther, o popular binário, um mês antes de fechar um negócio com a prefa. Até a prefeitura investiga o caso.
A segunda fase da obra do binário começou na segunda-feira, mas já dá o que falar. O vereador Claudir Maciel (PPS) afirma que tem documentos que comprovam que a Ampio meteu a mão na massa antes ...
 
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A segunda fase da obra do binário começou na segunda-feira, mas já dá o que falar. O vereador Claudir Maciel (PPS) afirma que tem documentos que comprovam que a Ampio meteu a mão na massa antes de ser contratada. Segundo ele, a empresa teria passado nas moradias do bairro das Nações e feito o levantamento de valores das baias a serem desapropriadas, entre os dias 13 e 29 de novembro. O problema é que o contrato com a prefeitura foi firmado depois, no dia 1º de dezembro, conforme cópia que o DIARINHO teve acesso ontem (veja reprodução da capa do documento). Há suspeita de irregularidade com relação a esse processo, lascou o vereador. A empresa ganhou R$ 14 mil pelo trampo.
Claudir lembra que este tipo de contratação não precisava passar por licitação, mas seria necessário que a prefa fizesse o levantamento de pelo menos três empresas pra realizar um comparativo de preços e escolher os melhores serviços. É grave a prefeitura não questionar o laudo que foi emitido antes mesmo do contrato, alfinetou. O vereador quer que o MP verifique se rolou alguma treta no acordo.
A reportagem entrou em contato com a Ampio, mas o engenheiro Luciano Biolo, que responde pela empresa, não foi encontrado pra comentar o assunto.
De olho
Até a turma da administração municipal está de olho no fato. O procurador de Balneário, Marcelo Freitas, afirma que soube do caso esta semana e já abriu um procedimento interno pra averiguar os fatos. Nosso pessoal da controladoria realmente encontrou algo no contrato que não condiz com a data de assinatura, conta.
A empresa já foi notificada e tem até semana que vem pra sisplicar. Depois da análise do papéli a prefa vai decidir o que fazer com a firma, que poderá ser obrigada até a devolver o dindim. Dotô Marcelo não acredita que os moradores que tiveram a moradia analisada sejam prejudicados com este perrengue. Não está em questão o laudo, mas que existe uma inconformidade entre os laudos e as datas das assinaturas, explica o procurador. A análise do caso deve ser encerrada semana que vem.