A família Frasseto, do bairro Monte Alegre, em Camboriú, teve um almoço indigesto na segunda-feira. A dona Ivete Fátima Frasseto, 48 anos, encontrou um pedaço de plástico dentro da lata de extrato de tomate Elefante, que usou pra preparar um ensopado de carne. Ivete conta que abriu a latinha e, ao jogar o conteúdo dentro da panela, encontrou um pedaço de plástico de um rótulo de álcool. Estragou o almoço na hora. Ninguém mais conseguiu comer, afirma.
Continua depois da publicidade
Apavorada, a moradora da rua Manoel Inácio Linhares, levou a embalagem e o plástico pra análise da vigilância Sanitária da city. Sempre compro latinha lacrada por medo de ter algo e mesmo assim ...
Apavorada, a moradora da rua Manoel Inácio Linhares, levou a embalagem e o plástico pra análise da vigilância Sanitária da city. Sempre compro latinha lacrada por medo de ter algo e mesmo assim aconteceu isso, reclama. Ela diz que vai conversar com a turma da procuradoria dos Direitos do Consumidor (Procon) pra decidir se entra com um processo contra a empresa Cargill, que, desde março, comercializa os atomatados da Unilever Brasil.
Continua depois da publicidade
O chefão da vigilância Sanitária de Cambu, Márcio da Rosa, afirma que a latinha foi encaminhada pra análise especializada do laboratório da vigilância estadual, em Floripa. Com o bizu, os técnicos poderão dizer se, realmente, o plástico estava dentro da lata e se ela chegou a ser aberta pro treco ser colocado lá dentro. Também será averiguado se o plástico contaminou o alimento e poderia causar algum mal pra saúde do consumidor.
O laudo deve ficar pronto em um mês. Se comprovar negligência por parte da empresa, deve ser pedinchada uma análise no local onde são embalados os produtos. Provavelmente vão averiguar lote, alvará e as condições sanitárias.
Continua depois da publicidade
Cabe processo
A coordenadora da Procon de Camboriú, Jeane Elisa Heinig, afirma que da treta cabe um processo contra a empresa. Dona Ivete deve procurar a dona justa e entrar com ação por danos morais, se provado que a embalagem de álcool já estava dentro da lata.
O sujeito que for menos encrenqueiro pode buscar uma negociação direta com a empresa. Cabe também um auto de infração em cima da fábrica. A empresa pode pagar multa e até ser lacrada, caso a dona justa determine.
Jeane afirma que casos como este não são comuns em Camboriú. Segundo ela, é a quarta vez em 12 anos que recebe denúncia deste tipo. A Procon da city pode prestar outros esclarecimentos e atende pelos fones (47) 3365-0021 ou 151.
A versão da empresa
Outro lado
Continua depois da publicidade
A assessoria de imprensa da Cargill encaminhou comunicado oficial para o e-mail do DIARINHO. A empresa diz que reitera seu compromisso com a segurança alimentar e seus padrões de higiene e qualidade. Além disso, trabalha continuamente para aperfeiçoar seus rígidos padrões de qualidade em sua fábrica de processamento de tomates em Goiânia, os quais são diariamente monitorados por equipes especializadas. E afirma que não foi contatada até o momento pela consumidora e reitera estar à disposição para eventuais esclarecimentos.
Eca!
Não é a primeira vez que clientes reclamam do extrato de tomate Elefante. Em julho deste ano, a empresa Unilever Brasil Alimentos Ltda foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização pra uma consumidora gaúcha que encontrou uma camisinha dentro da latinha.