Cresce o número de bancários na região que cruzaram os braços por causa da grevona nacional que começou segunda-feira. Apenas os funcionários de algumas agências do Banco do Brasil (BB) da região decidiram, em assembleia da ca-tegoria, ficar de fora dos protestos, por enquanto. As agências do BB em Itajaí, Navega, Piçarras, Luís Alves e Penha vão funcionar normalmente. Mas a situação é diferente na Caixa Econômica Federal (CEF), onde 50% dos bancários da região já estão parados e, segundo o comando de greve, a tendência é aumentar este índice nos próximos dias. Na área de Balneário Camboriú, seis agências do BB e Caixa estão fechadas. Os grevistas pedem reajuste de 12,8%, mais benefícios. Ainda não há previsão de quando a paralisação irá terminar.

Com essa bronca toda, quem siferra é o povão que precisa usar os serviços dos bancos. O argentino professor de música Leandro Monti, 35 anos, tinha que descontar um cheque na agência da CEF do centro pei-xeiro, mas deu com a cara na porta. “A gente entende que os bancários têm o direito de protestar, ma o povo é único prejudicado nessa história. Eu tenho que descontar um cheque urgentemente e agora não sei o que posso fazer”, lamenta o hermano.

Haja paciência!

As agências do BB deverão ficar abarrotadas de gente a partir de hoje. Isto porque os funcionários públicos estaduais começam a receber o salário e o fato deve atravancar ainda mais o atendimento nas poucas unidades do banco abertas na Maravilha do Atlântico e em Cambu. “Os funcionários estaduais começam a receber a partir do dia 29, então eles devem ficar atentos sobre quais agências do BB estão funcionando. A agência da avenida do Estado, em Balneário Camboriú, e a de Camboriú ainda não estão paradas por causa da greve”, alerta o presidente do sindicato dos Bancários de Balneário Camboriú e Região, Cristiano Antunes, informando ain-da que mais funcionários devem aderir ao protesto nos próximos dias. “Hoje temos mais de 20% dos bancários da nossa região grevando, mas com o aumento da demanda nas outras agências, esse número deve crescer por causa da sobrecarga de trabalho para quem ainda não parou”, calcula.