Os alunos do centro Educacional Clarinda Maria Gaya, no centro de Navega, estariam sendo submetidos a humilhação e maus tratos. É o que garante Gilvânia Calvacante Rodrigues, 32 anos, mãe duma pequerrucha de seis anos, aluna no prezão da escolinha. Segundo a mãe, a guria chora dia e noite implorando pra não ir pra escola. Segundo a menina, existiria um quarto escuro onde as crianças são castigadas. Gilvânia tentou resolver a situação com a diretora, mas conta que foi tratada com desprezo. A escola desmente a versão contada pela mãe e o conselho tutelar garante que não teve conhecimento da denúncia, mas vai investigar o caso.
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Gilvânia trampa o dia todo, por isso precisa deixar a filhota na escolinha por tempo integral. Nos últimos tempos, a loirinha C. perdeu o entusiasmo de ir pra escola brincar com as amiguinhas. Agora ...
Gilvânia trampa o dia todo, por isso precisa deixar a filhota na escolinha por tempo integral. Nos últimos tempos, a loirinha C. perdeu o entusiasmo de ir pra escola brincar com as amiguinhas. Agora, a menina pede pra ficar em casa, sozinha. Estranhando o comportamento da filha, Gilvânia sentou com ela e tentou desvendar o que estava acontecendo. A minha filha já recebeu uma palmada de uma professora chamada Magali e foi submetida a diversas humilhações verbais emitidas aos gritos pelas professoras Renata e Helena, conta a mãe, inconformada.
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Gilvânia ainda revela que tentou conversar com a diretora, Joice Largura de Oliveira, na manhã de sexta, mas as duas acabaram se desentendendo. A muié não guenta mais a situação. A filha chora todos os dias implorando para não ir à aula por conta dos maus tratos. Eu vou procurar a polícia, a prefeitura de Navegantes e o conselho tutelar. Quero exoneração do cargo da diretora Joice, detona Gil. Apesar da declaração, o presidente do conselho tutelar da city dengo-dengo, Gustavo Moritz, revela que a muié não registrou a denúncia e nem tinha conhecimento do caso até sexta-feira à tarde.
Gustavo explicou que o conselho tutelar não é um órgão de repressão, mas sim de proteção. Ele ainda diz que o conselho não opera como fiscalizador de escolas. Num caso de agressão, nós conversamos com as partes e tentamos amenizar a situação, ouvindo os envolvidos. Muitas coisas podem ser acertadas dentro da própria instituição. Se isso não for possível, aí sim o conselho poderá atuar, explica.
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Na tarde de sexta, a diretora da escola foi ouvida e rolou vistoria no lugar por uma assistente social. Uma notificação será encaminhada pra Gilvânia pra que ela faça um depoimento oficial sobre o ocorrido e, se for necessário, uma sindicância será aberta junto com a secretaria de Educação.
Diretora desmente toda a história
Diretora desde 2009, Joice Largura de Oliveira diz que a escola preza pela convivência familiar. A escolinha funciona em período integral pra apoiar as mães que trampam o dia inteiro e a bagrona garante que desconhece a denúncia de maus tratos. Eu não tenho conhecimento, em momento nenhum ela [a mãe] me procurou pra conversar sobre isso, afirma.
Na quinta pela manhã, a diretora viu Gilvânia passeando de mãos dadas na pracinha da prefa com o marido, enquanto a criança estava na creche. Pra mim, uma mãe que deixa uma criança na escola antes das sete da manhã e não está trabalhando, não se demonstra uma mãe zelosa, alfineta a diretora.
Segundo a bagrona, que confirma o desentendimento, a situação ocorreu quando ela foi conversar com Gil sobre o mau comportamento da filha na sala de aula. A mãe não quis ouvi-la e ainda ameaçou cair na porrada. Eu disse pra ela ficar à vontade pra me agredir, pois não iria reagir. Tenho testemunhas que ela me ameaçou, agora vou fazer um BO contra ela. Eu tenho formação, não tô aqui brincando, finaliza.
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