Uma dupla de ladrões atrapalhados botou em polvorosa o bairro Fazenda, em Itajaí, na noite de segunda-feira. Eles roubaram o carango de uma família que chegava em casa e, quando um deles fugia na boleia do possante, bateu no muro de uma outra baia, provocando mó preju. Os dois bandidos conseguiram fugir numa motoca, sem deixar rastros.
O drama da família de E.S., 31 anos, começou quando ele chegou em casa, na rua Abraão Bernardino Rocha, lá pelas 22h30, com o Eco Sport, placa MGS 4860 (Itajaí). Na hora em que a mulher de E. saiu ...
O drama da família de E.S., 31 anos, começou quando ele chegou em casa, na rua Abraão Bernardino Rocha, lá pelas 22h30, com o Eco Sport, placa MGS 4860 (Itajaí). Na hora em que a mulher de E. saiu do carro pra abrir o portão, apareceram dois homens numa cabrita. Um deles, armado, desceu e anunciou o assalto, tirando a família do carro pra assumir a direção.
O comparsa acompanhou tudo na motoca e os dois saíram juntos, em disparada, na direção da rua Amaro Jaques. Foi lá que o ladrão se atrapalhou na direção do Eco Sport e detonou o possante no muro da baia número 200. Maurício Santos, 38, tava na frente de casa quando o ladrão deu uma de barbeiro. O carro só parou porque acertou o alicerce do muro. Todo mundo tomou um susto, lembra o dono da casa.
A polícia foi chamada pela vítima do assalto e quando atendia a família, foi avisada do acidente e correu pro local. Mas os ladrões foram mais rápidos e já haviam fugido na motoca.
Eles foram queridos, disse a vítima sobre os ladrões
A mulher de E., que pediu pra não ter o nome divulgado, contou ao DIARINHO que levou mó sustaço. Fiquei surpresa, não esperava, disse a empresária, que é dona da panificadora Vanessa.
Além do casal, estavam no Eco Sport dois filhos, um de três e outro de oito anos. A empresária disse que ficou dicara com o tratamento recebido dos bandidos. Foram educados até demais. Ele pediu pra eu sair e tirar as crianças com calma. Deixaram eu tirar minhas coisas do carro. Eles foram queridos, contou, se dizendo surpresa com a gentileza.
Apesar de tudo, a comerciante tá resignada com o que aconteceu. Melhor estar batido do que perdido, comentou, em relação ao possante, que ontem já tava na oficina. A empresária disse que não vai registrar queixa na delegacia, pra não arriscar sofrer alguma perseguição dos bandidos. Não sei quem foi, e nem quero saber, concluiu.
Dono da baia por pouco não foi atropelado
Mauricio Santos, que não era nem ladrão nem vítima do assalto, saiu no maior prejuízo. Ontem à tarde, já tinha comprado parte do material pra reconstruir o muro detonado pelos bandidos trapalhões. O analista de sistemas que mora com a esposa estava em frente de casa quando o barbeiro perdeu o controle da direção e acertou o muro.
Por muito pouco o dono da baia não foi atingido. Ele conta que os bandidos foram ligeiros. Ele (o ladrão) passou por cima da calçada e bateu no muro. Subiu na moto e sumiu, relata Maurício. Um vizinho tentou fotografar a placa da motoca, mas os criminosos apagaram as luzes da cabrita. Ainda bem que não os ajudamos e fugiram rápido, porque estavam com arma e vai que atiram?, comentou.
A aposentada Edla Pereira Marcelino, 68, é vizinha de Mauricio e ouviu o estrondo da batida Foi um estouro fora do sério, disse ao DIARINHO. Dona Edla nem imaginava que o acidentado era um ladrão. Escutei barulho e quando fomos ver já tava cheio de gente, afirmou.
O orçamento do prejuízo ainda não foi calculado por Maurício, que vai arcar com tudo.