O atleta de MMA (antigo vale-tudo), Ricardo Tirloni, da Maravilha do Atlântico, pega na tarde de hoje o avião pro deserto de Yuma, no Arizona, no Isteites, onde sábado luta pela edição 55 do Bellator, o segundo maior torneio de MMA do mundo. “Só fica atrás do UFC [Ultimate Fighting Championship]”, lembra o lutador.

Nos Isteites, o peso leve Ricardo Tirloni vai encarar o atleta da casa Steve Gable no card principal do evento. Na mesma noite vão rolar as semifinais do GP de peso galo, onde vão lutar os também brazucas Marcos Galvão e Eduardo Dantas.

Tirloni tem 14 lutas na carreira, sendo 13 vitórias e apenas uma derrota. A derrota rolou em 2008 pro contender do UFC Bem Handerson. Depois disso foram só vitórias, oito seguidas.

O convite foi feito há dois meses e, desde então, Tirloni tem intensificado os treinamentos. “Eu já sabia que iria estrear logo, então venho treinando há dois meses todos os dias, de duas a três vezes por dia”, diz o atleta. Os treinos do lutador rolam na Maravilha do Atlântico e também em Floripa, onde treina com Thiago Tavares, um dos representantes brazucas e único catarina no UFC.

Mãozinha de torneio peixeiro

O namoro dos organizadores do torneio gringo com Tirloni vem de longa data, mas foi dois dias depois da vitória do lutador de Balneário no Centurion MMA 2, em julho, na city peixeira, que a proposta foi enviada. Na oportunidade, Ricardo Tirloni venceu Mauro Chulet por nocaute ainda no primeiro round. “Eu já vinha sendo considerado. Minha carreira vem sendo comentada em fóruns de MMA pelo mundo. Meu empresário já tinha tentado me colocar no Bellator, mas pediram mais tempo. No Centurion eu venci com um chute na cabeça. Meu empresário mandou o vídeo e eles responderam já com o contrato”, conta o lutador.

O adversário

Steve Gable é faixa-preta em jiu-jitsu, tem seis lutas na carreira e venceu cinco delas. “Não conheço ele pessoalmente, mas vi vídeos na internet. Ele vai vir querendo me derrubar pra levar a luta pro chão e finalizar”, acredita o catarina. Por ter estudado o adversário, Tirloni tem a estratégia pronta pra luta. “Tentar fazer uma luta mais em pé. Mas também sou faixa-preta em jiu-jitsu, então se for pro chão não tem problema”, garante.