Muito movimento e tempo de es­pera. Foi esse o cenário que os pa­cientes encontraram sexta-feira no hospital municipal Ruth Cardoso. Agora única unidade do Balneário Camboriú apta a receber os casos de urgência e emergência pelo sistema único de Saúde (SUS), o novo hospital atendeu mais de 100 pacientes. Todos tiveram que espe­rar em média duas horas pra ser atendidos.

A dona de casa Jussara Moraes, 46 anos, levou sua irmã com fortes dores na coluna às 12h30 e só con­seguiu atendimento pouco antes das 15h. “Acho que no Santa Inês era melhor. Devia ter mais médi ...

A dona de casa Jussara Moraes, 46 anos, levou sua irmã com fortes dores na coluna às 12h30 e só con­seguiu atendimento pouco antes das 15h. “Acho que no Santa Inês era melhor. Devia ter mais médi­co”, lascou. A jardineira Estela de Moura, 52, também ficou indig­nada com o vai e vem. Antes de passar no pronto atendimento (PA) do Ruth, bateu no Santa Inês em busca de socorro pra um corte na mão. “Me jogaram de lá pra cá e só me deram uma injeção”.

Desde a inauguração do Ruth, o PA já recebia pacientes em am­bulâncias de bombeiros e Samu e agora passa a receber também pacientes de outros municípios da região, o que atravanca mais ainda os serviços. O administra­dor do PA, dotô Eriberto Luchten­berg, garante que o espaço está em condições pra atender a to­dos, embora conte apenas com uma estrutura provisória. Como o pronto-socorro do Ruth ainda tá sendo construído, os atendimen­tos rolam nos fundos do hospital. Por lá há uma recepção em que cabem menos de 20 pessoas, duas salas de recuperação, aten­dimento, salas de equipamentos e triagem. “Não precisa mais que isso, mas seria bom ter um es­paço maior”, admite o dotô. O PS só deve ficar pronto em abril de 2012.