Itajaí

Peixeiros aproveitam finde pra limpar túmulos

Ao menos uma vez no ano, as flores desbotadas dão lugar a novos arranjos que enfeitam as lápides no cemitério municipal de Itajaí

Maria Odete Muller Santos repete o mesmo gesto há 24 anos. Desde que o pai morreu, em 1987, a dona de casa sai do bairro Cordeiros, em Itajaí, e vai pro cemitério municipal da Fazenda limpar o túmulo. Ontem não foi diferente. Ela aproveitou os momentos de céu aberto pra lustrar a lápide e trocar as flores, já desbotadas, do local onde seu Guirino Muller está enterrado.

“Eu venho sempre nas datas especiais até o cemitério. Lembrar dele eu lembro todo dia, e aí venho aqui visitar o túmulo porque é o que me resta fazer”, conta Maria Odete. Hoje, aos 54 anos, ela ...

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“Eu venho sempre nas datas especiais até o cemitério. Lembrar dele eu lembro todo dia, e aí venho aqui visitar o túmulo porque é o que me resta fazer”, conta Maria Odete. Hoje, aos 54 anos, ela ainda sofre com a perda do pai. E não faz questão de maquiar a saudade. “Não tem como esquecer, pai é pai!”, diz, enquanto ajusta as flores de plástico, já renovadas.

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Os cemitérios só têm movimento garantido uma vez no ano. E vai ser justamente na próxima quarta-feira, feriado de Finados. Por isso, muita gente aproveitou o último final de semana antes do feriado pra limpar os mármores das lápides, recolher lixo e folhas secas sobre os túmulos e trocar as plantinhas de plástico já descoloridas. A faxina é o presente aos entes mortos, e um ato que demonstra que ainda se importa com a perda.

A aposentada Laura Simão da Silva, 65, não percorreu cada um dos túmulos dos parentes. Ao invés disso, ela fez a homenagem pra todos num único ponto do cemitério da Fazenda: a cruz das almas – um espaço onde as pessoas acendem velas praqueles familiares que estão enterrados longe. “É a crença da gente. Eu respeito todos, por isso acho que todos também têm que respeitar a minha. Eu não sou daquelas que vem uma vez no ano do cemitério, sempre apareço”, comenta.

Mesmo sendo de Itajaí e tendo parentes enterrados no cemitério da Fazenda, ela apelou pra cruz das almas pra poder lembrar todos os familiares num único gesto. Enquanto acendia a única vela, dona Laura rezava pelos que já se foram, em especial pelo pai e pela mãe. “Se eu for acender vela pra todos, não consigo. São muitos. Então acendo uma por todos e faço uma oração”, justifica, cheia de saudosismo e fé de que todos estão num lugar melhor.



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