Itajaí

Revitalização passa por achar uma saída pros comerciantes

Muitas pessoas dependem do ca­melódromo da praça Arno Bauer pra sobreviver. Ao todo, são 50 bo­xes que vendem produtos em geral, como eletrônicos, tênis, óculos e quase qualquer coisa que você pro­cure. Além disso, existem também 25 artesãos atuando no local. Assim, 75 famílias tiram o sustento exclu­sivamente do camelódromo. Ao se pensar em qualquer revitalização pra praça é necessário antes achar um lugar pra abrigar os comercian­tes que ali trabalham.

A artesã Helena de Almeida, 40 anos, tem uma banca que vende desde correntes de prata até brin­cos com pena de ganso. Seu arte­sanato está à disposição do povão desde 1999, quando o prefeito à época ...

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A artesã Helena de Almeida, 40 anos, tem uma banca que vende desde correntes de prata até brin­cos com pena de ganso. Seu arte­sanato está à disposição do povão desde 1999, quando o prefeito à época, Jandir Bellini, assinou o decreto que determinava a rees­truturação e adequação de uso do pavilhão dos camelôs, que come­çaram a pintar na praça em 1988. Dona Helena tem medo de sair do lugar onde tira o sustento de cinco integrantes da família, que ajudam nas várias etapas do artesanato. “A minha mãe, o meu pai, o filho e o marido, todos ajudam a fazer e a vender os artesanatos”, conta.

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Segundo o presidente da Associa­ção dos Pequenos Comerciantes de Itajaí (entidade que responde pelos comerciantes dos boxes), Rolmar Ca­valcante, ninguém que trampa como camelô tem outra ocupação. Rolmar afirma que todos sobrevivem com o que conseguem arrecadar na venda dos seus produtos. Além disso, ele afirma que, como quase todas as empresas, os proprietários de bancas trabalham com contadores, que são os responsáveis pelos números e ci­fras dos boxes. “O termo camelódro­mo é equivocado, todos aqui emitem nota fiscal e dão garantia para seus produtos, bem diferente do que faz um camelô”, garante o comerciante.

Questionado sobre uma possível vantagem por não ter que pagar alu­guel, Rolmar se defende lembrando que a manutenção e segurança são pagas pelos proprietários. “A praça é pública, e todos nós estamos enga­jados na sua preservação. Pagamos pela limpeza dos banheiros e a nossa segurança cuida também de outros comerciantes. Já teve até um incên­dio na casa da Cultura, que graças ao pessoal daqui, que avisou rapi­damente os bombeiros, ninguém se feriu”, aponta.

Quase duas décadas

Com 52 anos de idade, a artesã Sonia Regina Soares tá na praça Arno Bauer desde 1992, quando os artesãos de Itajaí deixaram de expor nas calçadas da rua Hercílio Luz, que na época não era calça­dão, e foram colocados no pavi­lhão dos camelôs. A turma do arte­sanato que trampa por lá não paga aluguel e nem alvará, apenas uma taxa pra associação dos artesãos e outra pro funcionário que faz a se­gurança no local. Somados, os va­lores gastos pela classe ao mês che­gam a R$ 25, o que, na opinião de Sonia, é o valor que o pessoal pode pagar. “Pagamos a taxa e ajudamos a cuidar da manutenção. Por isso, não almejamos outro lugar pra tra­balhar, pois queremos ficar aqui, onde o movimento é bom e as ven­das também”, conta.



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