O jardineiro e ex-presidiário Jonathan Carlos da Silva, o Teco, 29 anos, foi executado com quatro tiros na noite de terça-feira, no bairro Nossa Senhora das Graças, o popular Matadouro, na Ressacada, em Itajaí. O corpo do rapaz foi encontrado numa das ladeiras da rua Luiz Panca. A polícia Civil de Itajaí suspeita que o crime tenha rolado depois uma briga por conta de dívida de drogas. O pistoleiro que mandou Teco pro além ainda não foi localizado pela polícia.
O crime rolou pouco depois das 20h30. Teco tinha no corpo quatro buracos de bala que a perícia acredita ser de um revólver calibre 38. Os tirombaços atingiram o peito, o pescoço, as costas e a barriga ...
O crime rolou pouco depois das 20h30. Teco tinha no corpo quatro buracos de bala que a perícia acredita ser de um revólver calibre 38. Os tirombaços atingiram o peito, o pescoço, as costas e a barriga do jardineiro. Coberto de sangue, Jonathan morreu antes mesmo de ser socorrido pelos paramédicos.
Mulher foi a primeira a ver o corpo
Rosane Paola Jucela, a Zaninha, 29, vivia com Teco. Ela foi a primeira a ver o corpo do marido esticado no cimento da ladeira, depois que correu pra rua ao escutar os disparos. Ela informou que viu seu amásio no chão, sem ninguém no local, contou um PM que conversou com Rosane.
O rabecão do instituto Médico Legal (IML) de Itajaí recolheu o corpo de Teco por volta das 22h. A essa altura, a polícia já vasculhava o Matadouro atrás de suspeitos, mas ninguém foi localizado. Segundo a polícia Civil, a falta de informações a respeito do assassino, por conta da lei do silêncio entre os moradores do Matadouro, teria dificultado o trampo.
Saiu do crime mas continuou viciado em crack
Dona I.A., 40, mora pertinho de onde Teco foi baleado e morto na noite de terça-feira. A empregada doméstica assistia TV quando soube da bronca pela filha. Ela estava no computador e saiu para a rua para conversar com um amigo. Lá, os vizinhos contaram para ela o que havia acontecido, lembra dona I.
A doméstica conta ainda que Teco era o dono da baia incendiada no final da tarde do dia 30 de outubro, um domingo, no alto do morro do Matadouro. Ela reforça a teoria da polícia de que as broncas do jardineiro e ex-presidiário tinham a ver com rolos por conta do uso de drogas.
Um outro morador da ladeira onde Teco foi executado, e que pediu pra não ter o nome revelado, também disse que o rapaz vivia enrolado com drogas. Ele era viciado na droga que mais tem matado gente por aqui. Viciado, não, viciadaço, disparou o vizinho, referindo-se ao crack.
Era filho da comunidade
Teco se criou no Matadouro. Era filho do casal de trabalhadores Maria Aparecida da Silva, a dona Cida, e de José Carlos da Silva, o seu Teteco. Ao contrário dos pais, enveredou pro mundo do crime e chegou a cumprir pena no cadeião que fica lá mesmo no Matadouro por furto. Em 2008, foi colocado em liberdade pela dona justa e desde então trampava como jardineiro. Teria largado o crime, mas não conseguiu se desvencilhar do vício do crack.