O dengo-dengo e auxiliar administrativo Valter Vieira Filho, 45 anos, descontou um cheque de quatro mil reales no banco Santander da rua Hercílio Luz, em Itajaí. Ele saiu da agência com o bolo de grana, na segunda-feira. No dia seguinte, a surpresa. A tia dele, dona do dindim, foi pagar uma conta numa agropecuária com uma nota de 100 pilas falsa, que o sobrinho Valter afirma ter recebido na boca do caixa do banco junto com outras 39 azuizinhas. O código da cédula paraguaia é o AA021547697. Quarta-feira, depois de muito penar, o cara conseguiu que o banco trocasse a graúda fake por uma cédula de verdade.
Indignado, Valter voltou ao banco no dia seguinte, com a nota falsa e o restante do money. Lá, procurou o gerente de atendimento Luciano. Solicitou a troca do dinheiro fajuto e exigiu que o bagrão ...
Indignado, Valter voltou ao banco no dia seguinte, com a nota falsa e o restante do money. Lá, procurou o gerente de atendimento Luciano. Solicitou a troca do dinheiro fajuto e exigiu que o bagrão do banco conferisse as demais cédulas pra ter certeza de que eram da boa. O gerente disse que não podia fazer nada. Ele mandou eu falar com a caixa Vanessa, que havia me dado o dinheiro. Cheguei lá, expliquei o que tinha acontecido e ela disse que não tinha o que fazer, que não trocaria, senão sairia do bolso dela, disse.
Valter ficou cabreiro com o atendimento do banco e fez de tudo pra demonstrar a indignação. Registrou boletim de ocorrência na 1ª depê peixeira, reclamou pra Polícia Federal e ainda mandou recado pra ouvidoria do Santander.
Cabe dona justa
O chefão da Procon de Itajaí, Rafael Martins, disse que se o Valter provar por A+B que a nota falsa saiu do banco, o cliente pode enfiar o ferro na instituição bancária via dona justa. Se ele tivesse conferido as notas na hora, dentro do banco, poderia nos procurar. Aliás, o certo seria que todas as pessoas conferissem o dinheiro assim que retirassem, mas não fazem isso, nem eu faço. Como foi descoberto depois, o caminho que ele seguiu está correto. Deve-se registrar um boletim de ocorrência, procurar a Polícia Federal e a ouvidoria da instituição. Depois ele pode entrar na Justiça, explica.
O Santander tratou logo de trocar a grana. No entanto, o banco não assumiu o perrengue. Conforme o papéli intitulado Instrumento Particular de Transação, ao qual o DIARINHO teve acesso, a instituição afirma estar ressarcindo o valor afim (sic) de mantermos o relacionamento comercial. Diz ainda que o banco, sem reconhecer ou assumir qualquer responsabilidade, com a intenção de manter a relação comercial e de prevenir litígio, neste ato efetua o pagamento ao cliente da quantia de R$ 100.
A assessoria de imprensa do Santander ficou de enviar e-mail pra reportagem com mais esclarecimentos do perrengue, mas a explicação não chegou até ontem à noite.