As empresas de pesca da city peixeira e região tão na mira da dona justa. De acordo com o sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Pesca de Santa Catarina (Sitrapesca), todas as 260 firmas que existem por aqui tão com problemas com relação ao trampo dos homens do mar. Desde o início do mês, a Procuradoria Regional do Trabalho do Ministério Público começou a notificar as empresas pesqueiras que não cumprem as leis trabalhistas e não oferecem condições de trabalho aos pescadores profissionais.
Segundo o presidente do Sitrapesca, Manoel Xavier de Maria, a coisa tá tão ruim que tem gente mudando de ramo. A maior parte dos pescadores está insatisfeita com essa situação. Muitos deles estão ...
Segundo o presidente do Sitrapesca, Manoel Xavier de Maria, a coisa tá tão ruim que tem gente mudando de ramo. A maior parte dos pescadores está insatisfeita com essa situação. Muitos deles estão partindo para outra profissão, como servente de pedreiro, fiscal e principalmente na área petroleira, explica Manoel. Por conta desta debandada, o presidente do Sitrapesca diz que mais de 30 embarcações estão paradas por falta de mão-de-obra.
Um mestre de barco, que não quis se identificar, revela que mesmo quem já mudou de carreira ainda não recebeu todo o dindim que as empresas devem. Eu já não trabalho no setor desde o início do ano, e, por sorte, já consegui receber tudo. Mas tenho muitos amigos que largaram a pescaria há mais de um ano e ainda estão sem receber todos os direitos trabalhistas, revela.
Conforme informações do Sitrapesca, a Procuradoria do Trabalho já recebeu uma série de denúncias contra empresas de pesca que não oferecem condições adequadas de trabalho aos pescadores, gerando inúmeros acidentes, alguns fatais. As denúncias resultaram numa audiência pública em novembro do ano passado, que reuniu representantes de diversos setores da pesca. Entre as denúncias feitas às autoridades, estavam embarcações sem equipamentos, pagamentos de pescadores por fora, além de muitas outras irregularidades.
O Ministério Público do Trabalho começou a notificar, este mês, as empresas de pesca que não cumprem com as leis trabalhistas e não oferecem condições de trabalho aos homens do mar profissas. A investigação está a cargo do procurador Sandro Eduardo Sardá, que não foi encontrado ontem pela reportagem.
Barco notificado
A barbeiragem de um barco de pesca, na última sexta-feira, vai custar caro pro responsável. A delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí notificou ontem uma embarcação que executou manobras arriscadas na área de travessia do ferri-bote. O barcão foi identificado por imagens feitas pela empresa de Navegação Santa Catarina, que opera a travessia entre a city peixeira e Navega. A multa por causa da cagada pode chegar até a R$ 10 mil.
O delegado da capitania dos Portos, Fernando Anselmo Sampaio Mattos, afirma que o pesqueiro chegou muito perto do férri, desobedecendo regras internacionais. No mar, existem regras como no trânsito, e os barqueiros devem cumpri-las. Pela imagem, dá para ver que a preferencial era do ferri-bote, então o comandante do barco não poderia chegar tão perto. A embarcação já foi notificada e vamos esperar a defesa do responsável. A multa pode ir de dois a 10 mil reais, dependendo do histórico de infrações do comandante, conta o capitão.