Foi divulgado ontem o retrato falado da mulher acusada de levar um bebê de dentro do hospital de Camboriú no dia 24 de novembro. A raptora seria loirosa, tem olhos claros, perto de 1,75 metro de altura, e é gorda. A polícia agora pede ajuda do povão pra tentar localizar a suspeita.
O desenho foi bolado a partir do depoimento da mãe da criança, Suriel Silva Serpa, 37 anos, de uma atendente do hospital e de um casal de idosos que estava no postinho de saúde por onde a ladra ...
O desenho foi bolado a partir do depoimento da mãe da criança, Suriel Silva Serpa, 37 anos, de uma atendente do hospital e de um casal de idosos que estava no postinho de saúde por onde a ladra passou antes de aparecer no hospital. Todos dão a mesma descrição, conta o delegado Rodrigo Coronha.
Uma profissional do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Lages passou os últimos dois dias colhendo dados e produzindo uma imagem no computador. A suspeita aparenta ter uns 40 anos e tem sotaque aqui do litoral.
A imagem será distribuída entre as delegacias da região. O desenho será levado também pra depês do Paraná e do Rio Grande do Sul pra que, caso a mulher tenha fugido pros estados vizinhos, seja reconhecida. Como há suspeita de que a ladra de bebê não seja de Camboriú, os tiras da DIC vão ampliar as investigações para outras cidades do região.
Os homidalei também vasculham a região pra encontrar um Corsa ou Fiesta Sedan branco, que teria sido usado pela mulher pra simandar com o filho de Suriel. Os policiais não sabem placa ou identificação do veículo.
Quem tiver alguma informação que possa ajudar os policiais a identificar a suspeita ou a encontrar o veículo ou a criança deve ligar pros telefones (47) 3264-6614 ou o 181. A ligação não é rastreada e a deduragem pode ser anônima.
Poucas informações
Pra polícia, tudo ainda é um mistério. O delegado Coronha admite que não há muitos dados que possam ajudar a polícia a desvendar o caso. Os tiras trampam com diversas possibilidades, que vão desde a doação do pequeno por parte de parentes até o rapto da criança pra tráfico. O sequestro é a possibilidade menos provável, pois até hoje não foi pedido resgate, diz ainda o dotô.
O policial já conversou com a mãe do bebê, parentes, funcionários do hospital e do postinho de saúde e até com casais interessados em adotar a criança. A princípio, os interessados na adoção não teriam nada a ver, conta.
Também foi cogitada a possibilidade de familiares do bebê terem armado o rapto do pequerrucho, revela ainda o delegado, mas essa não seria a principal linha de investigação. O dotô informa que a mãe já havia dito pra muitas pessoas e também divulgado no Facebook que gostaria de deixar o bebê pra adoção, pois não teria condições de mantê-lo. Pode ser que qualquer pessoa tenha visto isso e se aproveitado, comenta o tira.
Conselho titular tá acompanhando tudo
Enquanto as investigações rolam, Suriel e sua família tão recebendo acompanhamento de profissionais do conselho tutelar, inclusive psicológico. O conselheiro Manoel Mafra conta que já conhecia a mãe de atendimentos que fez aos outros dois filhos dela. Ele revelou que Suriel havia lhe procurado pra dizer que tinha a intenção de dar o filho pra adoção. Mesmo com essa vontade, a mulher tava muito abalada com o rapto. Todo dia vou lá para acompanhar de perto como a família está, afirma.
Relembre o caso
Há uma semana a mãe apareceu no hospital de Camboriú com o bebê, a irmã e uma mulher que se disse chamar Ana Peres e se fez passar por conselheira tutelar. Durante o atendimento a Suriel e a saída da irmã, a falsa conselheira simandou com o bebê no colo.