A população do Balneário Camboriú está contando os dias pra temporada de verão, época em que muitos turistas aparecem e a dinheirama rola solta. Mas, pra tristeza geral, funcionários de hotéis, bares, restaurantes e similares ameaçam entrar em greve se não receberem a mixaria de 200 contos de aumento por trampar nos fins de semana, feriados e madrugadas. Se a cruzada de braços rolar, a city corre o risco de ter uma de suas piores temporadas.
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A.R., auxiliar financeira de um restaurante do município, afirma que o salário de R$ 760 não dá nem pro gasto. Como trampa de manhã até de noite, incluindo fins de semana e feriados, não consegue ...
A.R., auxiliar financeira de um restaurante do município, afirma que o salário de R$ 760 não dá nem pro gasto. Como trampa de manhã até de noite, incluindo fins de semana e feriados, não consegue dar conta de fazer um serviço extra pra incrementar o salário. O resultado é pouco tempo pra curtir a vida e muitas dívidas. O salário não dá nem pro cheiro e comércio aqui em Balneário exige que trabalhe o tempo todo, sem folga nem nos feriados, lasca a mulher.
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Preocupados com essa situação, os representantes do sindicato dos Empregados em Hotéis, Serviços de Hospedagem, Bares, Restaurantes e Fast Food de Balneário Camboriú e Região (Sechobar) pedincham um aumento de 200 pilas no faz-me rir. Hoje são cerca de três mil pessoas associadas que trampam na city como cozinheiras, camareiras, auxiliares de cozinha, garçons etc.
A presidente da categoria, Olga Ferreira, afirma que o salário está defasado desde o ano passado e que negociam com o sindicato patronal há dois meses, mas até hoje não conseguiram resposta positiva. Nossa categoria está indo pra outros segmentos por causa do piso baixo, lamenta.
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No dia 9 de dezembro vai rolar uma assembleia do Sechobar e a categoria irá decidir se entrará ou não em greve. Vamos fazer uma paralisação e queremos que seja agora, pro mês de dezembro, garante Olga. Ela afirma que a categoria não pode continuar a trampar, mesmo na época mais importante do ano pra economia da city, sem um salário maior. Sem um piso digno, trabalhar por quê?.