Mesmo após o fim da greve do sindicato dos conferentes, o perrengue entre funcionários e APM Terminals, responsável pelos berços de atracação do porto, ganha novo capítulo. A 9ª Procuradoria Regional do Trabalho, de Florianópolis, emitiu parecer negando o pedido de ilegalidade da paralisação dos conferentes, feito pela APM. A greve durou 23 dias e deixou um prejuízo de mais de R$ 23 milhões na city.
A empresa acusa os peões de várias irregularidades quando decretaram a brecada, como falta de aviso prévio e da manutenção das atividades essenciais. Na caneteada, a procuradora Teresa Cristina Dunka Rodrigues dos Santos negou todos os argumentos e ainda afirmou que a empresa já sabia da possibilidade de greve por conta das assembleias realizadas antes da paralisação.
Os conferentes comemoraram o parecer da Procuradoria. Mostra que a gente não quis prejudicar ninguém, apenas buscar nossos direitos. E isso ainda vai nos ajudar nas negociações do acordo coletivo ...
A empresa acusa os peões de várias irregularidades quando decretaram a brecada, como falta de aviso prévio e da manutenção das atividades essenciais. Na caneteada, a procuradora Teresa Cristina Dunka Rodrigues dos Santos negou todos os argumentos e ainda afirmou que a empresa já sabia da possibilidade de greve por conta das assembleias realizadas antes da paralisação.
Os conferentes comemoraram o parecer da Procuradoria. Mostra que a gente não quis prejudicar ninguém, apenas buscar nossos direitos. E isso ainda vai nos ajudar nas negociações do acordo coletivo pra contratação com vínculo empregatício, alega o diretor do sindicato dos conferentes, Laerte Miranda Filho.
Por meio da assessoria de imprensa, a direção da APM informou que não iria comentar o parecer da procuradoria, pois entendia que o papéli não é uma decisão definitiva.
Greve pode voltar a rolar
A APM tem até as 10h de hoje pra assinar o acordo que selou o fim da greve, no último 19 de novembro. Laerte, bagrão do sindicato dos conferentes, avisou que a empresa precisa sicoçar pra colocar os pingos no is.
Eles têm esse compromisso. Se não assinarem, o sindicato irá notificar no Ministério Público do Trabalho (MPT). Depois, os conferentes irão se reunir pra dar início a uma nova greve, disse Laerte.
A greve dos conferentes
No final de setembro, o contrato entre o sindicato dos conferentes e a APM chegou ao fim. Os trabalhadores fizeram, então, através do sindicato, um dissídio coletivo e deram entrada do documento na delegacia Regional do Trabalho. Mas a empresa, ao invés de renovar o contrato com os peões, abriu um edital pra contratação de 24 conferentes.
No edital, o salário era 30% menor do que o do acordo firmado com a categoria. Desde então, várias reuniões foram marcadas, mas nenhuma terminou em consenso.
Os conferentes chegaram a fazer duas paralisações antes de decidirem entrar em greve. A parada durou 23 dias e só acabou dia 19 de novembro.