O juiz Pedro Walicoski Carvalho, corregedor do cadeião do Matadouro, em Itajaí, foi ontem pela manhã checar pessoalmente a denúncia de que presas teriam sido obrigadas a ficar peladas na frente de carcereiros e PMs homens durante uma revista. A denúncia foi feita através de uma carta, supostamente escrita por um agente prisional, publicada na edição de sexta-feira do DIARINHO.
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As cerca 10 detentas ouvidas, revelou o juiz, negaram as humilhaçoes descritas na carta. Das que conversei, nenhuma confirmou o caso, afirmou o dotô. Prudente, o togado não descartou que o desrespeito ...
As cerca 10 detentas ouvidas, revelou o juiz, negaram as humilhaçoes descritas na carta. Das que conversei, nenhuma confirmou o caso, afirmou o dotô. Prudente, o togado não descartou que o desrespeito possa ter acontecido, já que outras cerca de 70 mulheres não foram ouvidas. Por isso, ontem mesmo o juiz encaminhou ao Ministério Público um pedido de investigação. Com toda e qualquer denúncia o doutor Milani tem sido criterioso, disse, referindo-se ao promotor Milani Maurílio Bento, que acompanha os casos que passam pela Vara de Execuções Penais.
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Humilhação durante pente-fino
Através da carta, um suposto funcionário do departamento de Administração Prisional (Deap) de Santa Catarina denunciou a humilhação pela qual parte das 88 detentas passou durante a revista feita no pente-fino que rolou no cadeião do Matadouro em 1º de dezembro. Elas teriam ficado nuas na frente de agentes e policiais homens durante a revista íntima.
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Foi a advogada Sandra Safanelli quem repassou a carta ao DIARINHO e à direção da ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itajaí a pedido do tal funcionário do Deap. Flávio Schlickmann, coordenador de assuntos prisionais e direitos humanos da OAB de Itajaí, levou o documento ao juiz.