Os três chefões da segurança pública de Itajaí dançaram miudinho ontem à noite durante um trelelê promovido por empresários e comerciantes da avenida Sete de Setembro, no bairro Fazenda, em Itajaí. Donos de lojas, farmácias e restaurantes meteram mó pressão nos abobrões pra exigir mais segurança pública naquela região da cidade que sofreu, nos últimos 30 dias, nada menos que sete assaltos à mão armada. De concreto da reunião, somente a promessa do comandante da polícia Militar de que vai disponibilizar uma baratinha pra circular com mais frequência no bairro, e a decisão dos empresários de produzir um documento e cobrar policiamento ostensivo e câmeras de segurança das otoridades.
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Rui Garcia, chefão da delegacia Regional de Polícia Civil, major Ibrain Franz Júnior, comandante interino da polícia Militar, e Carlos Ely, secretário da Segurança Pública e Defesa do Cidadão da ...
Rui Garcia, chefão da delegacia Regional de Polícia Civil, major Ibrain Franz Júnior, comandante interino da polícia Militar, e Carlos Ely, secretário da Segurança Pública e Defesa do Cidadão da prefa peixeira, tiveram que enfrentar a cabreirice dos empresários, cansados de serem vítimas da bandidagem. Histórias pra ilustrar a falta de segurança na região não faltaram. Ontem, um homem assaltou o hotel Rocha. No dia 18 de novembro, quatro bandidos entraram armados no restaurante Bellé, renderam 22 clientes e fizeram uma limpa.
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A comunidade, informou Nilson de Borba, que é dono de um pet shop, tem a intenção de formar um conselho de Segurança (Conseg) pra levar sugestões pras otoridades. E, entre as ideias já apresentadas ontem pros chefões da segurança pública, está a de pôr mais policiais na rua. Queremos uma coisa concreta hoje, bradou durante o conversê Mário José da Silva, dono da farmácia Energia, ao exigir a presença de policiais circulando pelo bairro.
Além do policiamento ostensivo, os moradores também exigiram câmeras de segurança. Nós não temos câmeras na Fazenda, reclamou Nilson. Os empresários decidiram que vão tocar o movimento pra frente. Vamos redigir um documento e encaminhar para todas as autoridades competentes, apresentando nossas reivindicações, afirmou. A reunião rolou a partir das 20h no restaurante Sabor da Cozinha e reuniu cerca de 20 empresários.
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O que disseram os abobrões
Por parte dos chefões da segurança pública, a única promessa saiu do comandante da PM. A partir do dia 17, quando começa a operação Veraneio e os nossos policiais não tiram férias, vamos disponibilizar uma viatura para rondas frequentes no bairro, afirmou o major Franz. A falta de efetivo na PM foi citada pelo oficial como motivo pra não botar PMs a pé na comunidade.
Pro delegado Rui Garcia, os empresários tão certos em berrar. Que cobrem do governo do estado. Quanto mais a comunidade bater o pé, mais se tem a possibilidade de conseguir o que se quer, discursou o chefão da polícia Civil na região.
Num discurso inflamado, Carlos Ely repetiu sua intenção de formar uma guarda municipal armada e lamentou que forças ocultas, conforme disse, impediram que a proposta fosse efetivada.
O único vereador presente na reunião foi o comunista Marcelo Werner.