Itajaí

Farmácia cobra mais por medicamento pago no cartão

Apesar de a sacacanagem estar proibida desde 2010 pela justa, farmácia peixeira do bairro São João não tá nem aí pra hora do Brasil

O jornalista Sandro Ricardo Silva, 46 anos, saiu injuriado e de mãos vazias da farmácia Forte Farma, bairro São João, em Itajaí, na noite de segunda-feira. Ele foi comprar no cartão de débito um anti-inflamatório de uso contínuo quando foi informado que o produto no cartão era mais caro. Sandro alegou ao atendente que a cobrança é ilegal, mas não teve jeito. Ele teve que desistir da compra pra não pagar a diferença. Pra comprovar a ilegalidade, o DIARINHO comprou o remédio na mesma farmácia, nas duas formas de pagamento e constatou a carestia.

O jornalista diz que se sentiu desrespeitado por dois motivos: tanto pela diferença do dinheiro, que no dia era cerca de dois reais, quanto pelo fato de haver uma lei e ela não estar sendo cumprida ...

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O jornalista diz que se sentiu desrespeitado por dois motivos: tanto pela diferença do dinheiro, que no dia era cerca de dois reais, quanto pelo fato de haver uma lei e ela não estar sendo cumprida. Quando Sandro pediu o remédio, perguntou o preço e o atendente disse que era pouco mais de R$ 11. Mas bastou Sandro sacar o cartão de débito da carteira pra ouvir um valor diferente, de pouco mais de R$ 13. “Eu disse literalmente: ‘Isso não pode acontecer, é proibido por lei’. E, pra minha revolta, ele respondeu: ‘Mas todo mundo faz!’”, narra.

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DIARINHO dá conferida

Pra comprovar a denúncia, o DIARINHO foi na Forte Farma no início da tarde de ontem. Primeiro, a repórter pediu o remédio anti-inflamatório e perguntou o preço do produto. A atendente, que não usava crachá de identificação, disse que custava R$ 18,95. No entanto, dependendo da forma de pagamento, rolaria um desconto especial. Com dinheiro o desconto seria R$ 3,79. Já no cartão, R$ 2,46.

Ao questionar a funcionária sobre a diferença de valores, a muié justificou que o valor é único, apenas o desconto que variava. “É bem pouca diferença”, disse, estimulando a repórter a usar o cartão. A compra foi feita no cartão totalizando R$ 16,49.

Depois, outro funcionário do DIARINHO comprou o mesmo medicamento, desta vez pagando em dindim vivo. O valor cobrado foi de R$ 15,16. Uma diferença de R$ 1,33 em relação ao cartão.

O DIARINHO procurou a direção da Forte Farma, mas não conseguiu ouvir o gerente. Um funcionário identificado como Aldo José afirmou que o estabelecimento não usava da prática de descontos diferentes para pagamentos no cartão. “Você pode passar aqui que nós vamos restituir”, prometeu. Sobre as compras feitas pela equipe do DIARINHO com preços diferentes, ele deu a desculpinha manjada: “Foi uma falha do sistema”.

Tem decisão da dona justa

O jornalista Sandro garante que fará uma denúncia formal à procuradoria de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Segundo o chefão do órgão, Rafael Martins, desde 2010 uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que não há diferença de preço entre dinheiro e pagamentos à vista com o cartão de crédito ou débito.”A empresa precisa ser denunciada e notificada a prestar esclarecimentos. A partir disso vamos definir o valor da multa”, revela Rafael.

O procurador ainda revela que, assim que saiu a decisão do STJ, os 50 postos de gasolina da city peixeira foram fiscalizados e um deles levou uma multa de R$ 10 mil no lombo por causa de atitute igual a da farmácia.

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CDL concorda com ilegalidade

Apesar de ilegal, o presidente da câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Itajaí, José Dada, diz que a prática é comum no comércio peixeiro. Dada ainda assina embaixo. Ele alega que em algumas mercadorias, principalmente remédios e combustíveis, a margem de lucro é muito baixa. Pra não ficar no preju, é cobrado uma taxinha a mais nas compras feitas com o cartão. “Nós, da CDL, aceitamos isso, achamos que é correto, perfeitamente correto’, opina.

NdaR: Depois não adianta reclamar quando a galera vai comprar no Balneário...

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