Os motoras que fazem o transporte de carga de Navegantes tão na bronca com as transportadoras dengo-dengo. Desde às 7h de ontem, cerca de 90 caminhoneiros estão de braços cruzados pra reivindicar aumento no pagamento do serviço de transporte. Os grevistas pedem reajuste de 300% no pagamento por quilômetro rodado, que atualmente é de cerca de R$ 2. Eles prometem que só voltam a trampar depois de um acordo. A Portonave informa que a greve ainda não afetou o porto dengo-dengo.

Pro diretor da cooperativa de Transportadores Autônomos Rodoviários de Contêineres de Navegantes e Região (Navecooper), Fábio Calumdi, 41 anos, que trampa na área há dois anos, apenas uma negociação ...

Pro diretor da cooperativa de Transportadores Autônomos Rodoviários de Contêineres de Navegantes e Região (Navecooper), Fábio Calumdi, 41 anos, que trampa na área há dois anos, apenas uma negociação com todas as transportadoras pode acabar com a pendenga. “Duas transportadoras já conversaram conosco hoje, mas foi por telefone e ainda faltam outras três. Queremos uma proposta concreta. Um transportador de Navegantes faz um trajeto de 46 km e ganha R$ 90. Em qualquer porto do país se ganha R$ 174 pra cada 27 km rodados”, calcula o motora, que ainda aponta onde tá a bronca. “Hoje há um monopólio das transportadoras, que oferece o menor preço. Dessa forma, a gente vai receber cada vez menos”, conclui.

Cerca de 90 caminhoneiros cruzaram os braços e foram pra frente da Portonave, em Navega, pra protestar. “Todos estão aqui para mostrar que os trabalhadores estão unidos para reivindicar um pagamento melhor. Se não houver acordo, amanhã todos voltarão para frente da Portonave”, avisa o presidente do sindicato dos Transportadores Autônomos de Itajaí e Região, Ademir de Jesus.

De acordo com os grevistas, um chamado pra descarregar 200 contêineres foi ignorado ontem por causa da paralisação. Mesmo assim, a Portonave informou que o protesto ainda não afetou o funcionamento do porto dengo-dengo, que normalmente tem um fluxo de mil brutos por dia.