As donas de casa que se preparem. O gás de cozinha vai ficar 6% mais caro. O reajuste feito pelas distribuidoras foi repassado pros revendedores que logo logo vão carcar o aumento pro povo.
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Mesmo quem come fora pode preparar o bolso. Há 22 anos, Sérgio Ronaldo Bellé tem um restaurante no bairro Fazenda, em Itajaí. Até ontem ele pagou R$ 160 pelo botijão P45 e diz que o aumento vai ...
Mesmo quem come fora pode preparar o bolso. Há 22 anos, Sérgio Ronaldo Bellé tem um restaurante no bairro Fazenda, em Itajaí. Até ontem ele pagou R$ 160 pelo botijão P45 e diz que o aumento vai acabar refletindo no preço da comida, mas não agora. A nossa política é aumentar o valor uma vez por ano, mas todo reajuste impacta diretamente no nosso custo, afirma.
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Marcelo Galeano, 34, é dono de uma revenda de água e gás há sete anos. Ele diz que até ontem não havia recebido a má notícia da distribuidora. Ainda não repassaram o aumento, mas quando fizerem vou ser obrigado a repassar na mesma hora, lasca o empresário, que já espera a chiadeira das donas de casa. Mesmo com o reajuste, Marcelo diz que as vendas não diminuem. Todo mundo precisa cozinhar, explica.
O presidente do sindicato de Revendedores de Gás, Jorge Magalhães de Oliveira, explica que o reajuste pro consumidor final vai ser de 6%. Isso vai dar uns R$ 3 a mais, diz. Segundo ele, o principal motivo do acréscimo é o reajuste do salário dos peões que trampam nas distribuidoras, que têm os salários reajustados sempre em setembro, junto com a categoria dos petroleiros.
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De acordo com Oliveira, na Santa & Bela o preço médio do botijão de 13 quilos, aquele usado em casa, é de R$ 48. O último aumento do gás repassado pros consumidores rolou em setembro de 2011. No ano passado a revenda não passou pro consumidor final por causa da concorrência desleal do mercado clandestino, explica.
Gás natural mais caro
A SCGás solicitou à agência Reguladora da Santa & Bela (Agesc) o aumento na tarifa de gás natural. O pedido de reajuste é de 12,34% pras indústrias, 10,8% pros carangos e 15% pra comércios com consumo acima de 2100m³. A empresa diz que o aumento da cotação do dólar e do petróleo elevaram os preços do gás, que pros estados do sul e São Paulo é comprado da Bolívia.
Sem o reajuste, a empresa diz que pode fechar o último trimestre do ano em negativo. Pra passar a valer, a Agesc precisa dar o parecer favorável à solicitação da SCGás.