A dança das cadeiras na câmara de Camboriú não tem mais fim. Na tarde de ontem a vereadora Fátima Gervásio (PSDB) anunciou que retorna pra secretaria de Educação, num vai e volta que não acaba mais. Eleita vereadora, a tucana pediu licença duas semanas depois da posse pra assumir a pasta, no cargo que exercia até às vésperas das eleições de 2012. Na segunda quinzena de maio, Fátima, na caruda, retornou pro legislativo alegando que tinha que completar o tempo de sua aposentadoria na rede municipal de Balneário Camboriú. Estando na secretaria de Educação, eu não tinha como retornar e cumprir o tempo de serviço e entrar com o processo de aposentadoria, sisplica a emplumada que, como vereadora, só precisaria ir nas sessões ordinárias, que rolam duas vezes por semana, nas noites de terças e quintas.
Quatro meses depois, cumprido o tempinho que faltava, a vereadora-abobrona sai do legislativo e retorna pra Educação na próxima segunda-feira. Agora pretendo ficar até o final da gestão, afirma ...
 
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Quatro meses depois, cumprido o tempinho que faltava, a vereadora-abobrona sai do legislativo e retorna pra Educação na próxima segunda-feira. Agora pretendo ficar até o final da gestão, afirma Fátima, que tava licenciada do trampo na rede pública da Maravilha do Atlântico, onde começou a atuar em 1982.
O presidente do legislativo, vereador Márcio do Kido (PSC), deu um plá com a campeã da dança das cadeiras, logo após a sessão extraordinária que rolou na tarde de ontem. Ele recebeu oficialmente o novo pedido de licença e agora quem assume a cadeira é o vereador Amilton Bianchet (PSDB), conhecido como Mito.
Dança das cadeiras
Fátima não foi a única a ficar pulando pra lá e pra cá. A tucana Márcia Freitag tinha deixado a secretaria de Saúde pra se candidatar, foi eleita vereadora de Cambu, mas ficou apenas três meses na câmara. Ela retornou pra Saúde no início de abril a convite da prefeita Luzia Coppi Mathias (PSDB).
Outro tucano, o Jaquinho, também foi levado do legislativo pela prefeita loiruda pra ocupar a secretaria de Obras. Isso depois de ele ficar afastado por quase três meses, se recuperando de uma cirurgia.
Para André Viana da Cruz, doutor em direito administrativo, essa situação mostra que os interesses pessoais e o oportunismo político-partidário estão muito acima dos interesses públicos. Se uma pessoa se candidata para um cargo no legislativo, ela estabelece um compromisso com a sociedade. O interesse público tem que estar acima das conveniências pessoais. Infelizmente, o que acontece em Camboriú é uma realidade em todo o país, carca o sabichão.