A.S.V, 39 anos, cuidadora do abrigo Novo Amanhecer, acordou na manhã de ontem com o rosto inchado e machucado. As marcas são resultado da agressão sofrida na noite de domingo, durante seu turno de trabalho. Às 23h, um guri endiabrado de apenas 14 anos tacou uma pedra no rosto da funcionária do abrigo, depois que ela impediu que continuasse a agredir uma colega de serviço. Pra conter a violência do moloque, A. o levou pra fora da casa e foi lá que acabou atacada pelo menino. O mesmo pivete, há poucas semanas, já havia provocado um quebra-quebra em outro abrigo e ameaçado as funcionárias do local.
A confusão que terminou com a polícia Militar no abrigo e com dois meninos prestando depoimento na depezona da rótula do Vanolli, começou por volta das 23h. Segundo A., um adolescente de 16 anos ...
A confusão que terminou com a polícia Militar no abrigo e com dois meninos prestando depoimento na depezona da rótula do Vanolli, começou por volta das 23h. Segundo A., um adolescente de 16 anos com problemas mentais passou a ficar agressivo depois que teve seu remédio para dormir negado por uma das cuidadoras, que obedecia a ordens médicas.
Por ser um gurizão mais encorpado, os três cuidadores de plantão naquela noite foram cuidar do rapaz. Era a oportunidade que o menino de 14 anos queria pra ficar sozinho e aprontar. Enquanto os cuidadores tavam distraídos com o guri maior, o pivete se enfiou num dos banheiros e acendeu um baseado.
Everton Wan-dall, chefão da secretaria da Criança, do Adolescente e da Juventude da prefa de Itajaí, diz que já tá sendo preparado um relatório pra apresentar à dona justa, pra definir o futuro do moleque que soqueou uma cuidadora e apedrejou outra. Eu acredito que tenha que ser aplicada uma medida socioeducativa. Ele tá cometendo um ato infracional. Mas quem determina é o juiz da vara da infância, ponderou.
A cuidadora que levou a pedrada ficará afastada durante algum tempo, para que possa se recuperar, afirmou ainda Ewerton. Ela também deve receber auxílio psicológico.
Quanto à maconha que o pivete fumava, o secretário argumentou dizendo que não tem como revistar os adolescentes cada vez que eles entram no abrigo. O local funciona como um lar pra crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência ou estão em situação de risco social. Na teoria, pra lá não deveria ir a gurizada do mal.
Em outubro do ano passado, por ordem da dona justa, o abrigo Novo Amanhecer recebeu alguns adolescentes ligados ao tráfico de drogas. Aí não deu outra: um deles acabou baleado na entrada do Matadouro e traficas ameaçaram matar outros guris que tavam no abrigo. Por medidas de segurança, a instituição se mudou da rua Joaquim Lopes Correa, a rua do Inferninho, no centro, pra uma casa na Fazenda.
Gurizão fez ameaças aos cuidadores
Depois da agressão, um outro cuidador pegou o pivete e o levou pra junto do garoto de 16 anos. Quando a PM chegou, o funcionário do abrigo conversava com os dois moleques, que ainda tavam agressivos. Foi então que rolou o segundo estresse da noite. Ao ver os fardados, o rapaz de 16 anos, que tem problemas mentais, se descontrolou ainda mais, alcançou um extintor e jogou contra a baratinha da PM. Felizmente, não acertou ninguém.
Os dois adolescentes foram levados pra depezona, onde prestaram depoimento e foram liberados ainda na madruga. Na volta ao abrigo, contou A., o guri de 14 anos fez ameaças de morte aos cuidadores e disse que, caso conseguisse telefonar pra amigos traficantes, acabaria com o abrigo, da mesma forma que fez com a instituição em que estava até um mês atrás.
De volta ao abrigo, o pivete foi trancafiado num quarto sem acesso a telefone.
Secretário quer que menino saia do abrigo
Everton Wan-dall, chefão da secretaria da Criança, do Adolescente e da Juventude da prefa de Itajaí, diz que já tá sendo preparado um relatório pra apresentar à dona justa, pra definir o futuro do moleque que soqueou uma cuidadora e apedrejou outra. Eu acredito que tenha que ser aplicada uma medida socioeducativa. Ele tá cometendo um ato infracional. Mas quem determina é o juiz da vara da infância, ponderou.
A cuidadora que levou a pedrada ficará afastada durante algum tempo, para que possa se recuperar, afirmou ainda Ewerton. Ela também deve receber auxílio psicológico.
Quanto à maconha que o pivete fumava, o secretário argumentou dizendo que não tem como revistar os adolescentes cada vez que eles entram no abrigo. O local funciona como um lar pra crianças e adolescentes que sofreram algum tipo de violência ou estão em situação de risco social. Na teoria, pra lá não deveria ir a gurizada do mal.
Em outubro do ano passado, por ordem da dona justa, o abrigo Novo Amanhecer recebeu alguns adolescentes ligados ao tráfico de drogas. Aí não deu outra: um deles acabou baleado na entrada do Matadouro e traficas ameaçaram matar outros guris que tavam no abrigo. Por medidas de segurança, a instituição se mudou da rua Joaquim Lopes Correa, a rua do Inferninho, no centro, pra uma casa na Fazenda.