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"Não passou um dia em que eu não chorasse de saudade"

Garota que entregou a criança pra casal do Paraná e é acusada de ter recebido grana, agora quer o bebezinho de volta. Ela também é mãe deste outro pequeno

“Não passou um dia que não chorasse de saudade”. Foi assim que Jenifer Costa Capistrano, 18 anos, definiu o tempo em que ficou longe da pequena Ágata Sofia, nome que queria dar pra filha, que na segunda-feira completou três meses com uma certidão de nascimento forjada em que era chamada de Mariana Vitória Alalanna. Mesmo sendo acusada de ter vendido a criança pr’um casal do Paraná, Jenifer diz que quer o bebê de volta e que vai brigar na Justiça por isso. Ontem à tarde, em sua casa no popular bairro Monte Alegre, em Camboriú, a garota recebeu o DIARINHO, se disse arrependida pela suposta venda e jurou que não negociou a entrega da filha em troca de dinheiro.

A jovem diz que se meteu na confusão sem querer. “Não vendi minha filha. Quem tá dizendo isso vai ter que provar, mostrar onde eu assinei alguma coisa vendendo a minha filha”, dispara, quando ...

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A jovem diz que se meteu na confusão sem querer. “Não vendi minha filha. Quem tá dizendo isso vai ter que provar, mostrar onde eu assinei alguma coisa vendendo a minha filha”, dispara, quando perguntada se negociou mesmo a criança.

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Mãe solteira, Jenifer teve outro filho, um menino hoje com um ano e nove meses, quando ela ainda era menor. Em março deste ano, completou 18, já grávida do segundo filho. “Não tinha condições de ter outra criança, mas minha mãe não deixou tirar e segui com a gravidez”, afirma.

Foi aí que entrou na história Leoci Padilha, 40 anos. As duas se conheciam da época em que Jenifer morava no bairro dos Municípios. “Ela me procurou e perguntou se era verdade que eu tava grávida. Falei que sim e que queria tirar. Ela (Leoci) falou que o irmão dela queria um filho e que não podia ter, que se eu quisesse podia dar pra eles. Pensei e acabei aceitando”, relata Jenifer, se referindo a Jeferson de Alalanna, 25, e Ana Cláudia Schneider, 25. Pelo que apurou a polícia e o conselho Tutelar da Capital da Pedra, o casal teria pago R$ 3600 pra ficar com o bebê.

Jenifer diz que não tinha contato constante com o casal, que é de Palmas, no interior do Paraná. Na versão que deu ao DIARINHO, admitiu que recebia grana de Jeferson e Ana Cláudia. Mas que era apenas de R$ 50 a R$ 100 por mês, pra comprar alimentos quando o desejo batesse. A grana vinha através de Leoci, que foi quem a levou pra ter o bebê em Matinhos, no litoral paranaense.

Foi Leoci, acusa a jovem de Camboriú, quem decidiu que a menina seria registrada como filha de Jeferson. “Achei que era errado fazer isso, mas a Leoci disse que tava tudo certo. Fui pro Paraná, fiquei quatro dias no hospital e fui com o Jeferson registrar. Foi a única vez que vi ele. A hora que tive que dar ela foi a mais difícil”, narra.

Agora, Jenifer quer a filha de volta. Já procurou um advogado pra ver o que tem que fazer pra conseguir ficar com a menina, que tá num abrigo até que a dona justa decida o que vai fazer com a criança. O pai biológico do bebê tem 17 anos, revela.

Um futuro diferente pros filhos

A jovem mãe solteira não trabalha. Mesmo assim, diz ansiar um futuro diferente do seu pros filhos. “Penso neles, quero ver meus filhos bem. Quero eles comigo”, dispara, depois de relatar as dificuldades econômicas da família. A mãe do adolescente que a engravidou teria prometido ajudá-la.

A garota mora com a mãe e outros três irmãos, um de oito e dois de seis anos (gêmeos), além do primeiro filho, que ganhou quando mal havia completado 17 anos. Eles vivem numa casa simples na rua Monte Pilatos, no bairro Monte Alegre. Jenifer fica em casa cuidando das crianças enquanto a mãe trampa como doméstica.

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Agora, diz a jovem, quer arrumar um trabalho pra mãe ficar em casa. Mas reclama que tá difícil pela falta de experiência e por ter parado de estudar na sétima série, quando engravidou do primeiro filho. “Quero trabalhar fora, sustentar eles, mas não consegui nada ainda”, lamenta, explicando que depende do salário da mãe e da pensão do outro filho pra manter a família.

Diz que não tinha noção de que era crime

Jenifer alega que só se deu conta que tinha alguma coisa errada quando o pessoal do conselho Tutelar apareceu pra perguntar da menina. De cara, contou que a filha era de Jeferson, conforme tinha combinado com o casal. Mas, quando os tiras da divisão de Investigação Criminal (DIC) foram até sua baia, resolveu abrir o bico. “Disseram que iam levar meu menino pra adoção, pois eu ia ser presa. Então contei a verdade”, diz.

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