Falta de educação no trânsito, falta de ciclovias e ciclofaixas interligadas, e insegurança. Essa é a vida de quem pedala pelas ruas da Maravilha do Atlântico. O empresário Mário Bazan, 43 anos, integrante da associação de Ciclismo de Balneário Camboriú, reclama da estrutura mixuruca oferecida pra quem usa as ziquinhas como meio de transporte na city. Junto à associação, o empresário luta principalmente por ciclovias na avenida Atlântica, previstas no plano diretor cicloviário do Reino da Dinamarca, sem previsão pra sair do papel.
Ao todo, a prefa prevê pintar 54 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Destes, 22 tão em andamento. A informação é do secretário de Planejamento, Auri Pavoni. Segundo o abobrão, os outros 32 quilômetros ...
Ao todo, a prefa prevê pintar 54 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Destes, 22 tão em andamento. A informação é do secretário de Planejamento, Auri Pavoni. Segundo o abobrão, os outros 32 quilômetros só devem começar a pintar nas ruas do balneário ano que vem. E as ciclovias e ciclofaixas, garante, serão interligadas. Mas é difícil dizer quando vai ficar tudo pronto. Onde nós mexemos [obras], fazemos ciclovia. A gente primeiro faz toda a infraestrutura por baixo, explica.
Com relação às ciclovias na avenida Atlântica, o secretário diz que a previsão é de que as obras comecem na temporada de verão. O projeto, segundo Pavoni, tá pronto e a licitação será lançada nos próximos dias. Pro empresário Mário, a conquista das ciclovias na Atlântica é importante até pra incentivar o uso de zicas na city. Pelo poder aquisitivo, pela geografia plana e pela consciência das pessoas, se Balneário Camboriú souber utilizar toda essa malha cicloviária que pode ter, será a melhor cidade cicloviária do Brasil, afirma.
Mais respeito
Uma pesquisa realizada pela associação dos ciclistas em parceria com agentes de trânsito indicou que a falta de respeito dos motoras é a maior dificuldade de quem usa as ziquinhas como meio de transporte. Pro empresário Bazan, andar de bike em Balneário Camboriú tá longe de ser seguro. Tanto que muitos ciclistas escolhem circular pela contramão por medo de serem atropelados. Isso é cultural e é difícil de ser mudado enquanto não tiver local adequado pro ciclista, opina.
A falta de respeito com os ciclistas, pra ele, também fica evidente quando as ruas tão em obras e a prefa prioriza não atrapalhar o trânsito de veículos, ignorando o vai e vem de ziqueiros e pedestres. Mas tem que ver a mobilidade como um todo, e não só se preocupar com os carros, carca. O secretário de Planejamento, Auri Pavoni, diz que a prefa faz o possível, mas que transtornos são inevitáveis em períodos de obras.