Parte do morro da rua Oswaldo Correia de Mendonça desmoronou no domingo passado. A chuva, o solo encharcado e o início de uma obra irregular comprometeram o terreno ocupado por casas na localidade que fica atrás do cemitério da Fazenda, em Itajaí. A terra prejudicou a passagem dos veículos e a vizinhança teve que se unir pra limpar a rua e liberar a passagem. Os moradores querem que a prefa agilize as obras de contenção pra evitar uma tragédia.
Esta não foi a primeira vez que a família de Mônica da Souza, 37 anos, levou um cagaço. Já desbarrancou outras vezes, dá medo. Assim como o pessoal tem medo da água, a gente, que mora nos morros ...
Esta não foi a primeira vez que a família de Mônica da Souza, 37 anos, levou um cagaço. Já desbarrancou outras vezes, dá medo. Assim como o pessoal tem medo da água, a gente, que mora nos morros, tem medo de deslizamentos, revela. Segundo Mônica, a obra de um vizinho, que cavou parte do morro pra construir uma garagem, piorou ainda mais a situação.
Mônica conta que funcionários da prefa estiveram no local na segunda-feira pra impedir que o vizinho continuasse a escavação. Tinha barro solto e descia muita lama até com planta junto, explica.
Depois do deslizamento, restou menos de meio metro de terra entre a casa da família e o barranco. O barro que caiu no meio da estrada atrapalhou a vida de quem mora na rua até a noite de segunda-feira, , quando os moradores se uniram pra fazer a limpeza. Agora que o susto passou, o povão quer a ajuda da prefa pra fazer obras de contenção pra evitar uma tragédia. Qualquer chuvinha a mais impede a passagem dos carros, conta.
Sem risco
O coordenador da Defesa Civil de Itajaí, Everlei Pereira, admite que o órgão não tinha conhecimento da irregularidade da obra. Contudo, ele afirma que não há risco de deslizamento no local. O pessoal da subprefeitura da Fazenda vai fazer a limpeza. Segundo o que me passou o engenheiro de operações, não há com que se preocupar, minimiza.
Abrigo é desativado em Itajaí
O abrigo pras vítimas da chuvarada em Itajaí, montado pela prefa no salão paroquial da igreja São Cristóvão, no bairro Cordeiros, foi desativado ontem. Ao todo 247 pessoas precisaram dormir lá porque tiveram a casa invadida pela água ou com risco de alagamento.
Com a situação mais tranquila, a city peixeira deixou ontem o estado de alerta e passou pro estado de atenção. Vai permanecer em atenção até que a bacia tenha escoado toda a água, até que a situação de todo o vale tenha voltado ao normal, explica o coordenador da Defesa Civil peixeira, Everlei Pereira.
Por causa da ressaca no mar e da maré alta, alagamentos nas áreas mais baixas do município ainda não estão descartados. A Defesa Civil orienta as pessoas que moram perto das encostas a ficarem atentas a qualquer movimento de terra. A recomendação é ligar pro número 199 ao sinal de qualquer deslizamento.