O perrengue da falta de segurança no entorno da Univali de Itajaí, apontado pelos estudantes num protesto na sexta-feira à tarde, é o retrato de um problema que atinge o povão de uma maneira geral. É o que afirma o sociólogo Eduardo Guerini, professor da própria universidade. “Não existe uma estatística que aponte para um problema localizado, mas o que se sabe, objetivamente, é que temos um problema sério de segurança pública em Itajaí e região”, lasca.

O sabichão não tem dúvidas de que uma primeira ação que minimizaria o problema seria colocar mais policiais fazendo rondas na região próxima à Univali. Só tem um detalhe: faltam viaturas e policiais no efetivo da PM. Ou seja, falta estrutura aos órgãos de segurança pra dar conta da demanda da violência.

O aumento de vigilantes dentro do campus, anunciado pela reitoria, também é uma medida que ajuda, mas não resolve, afirma Eduardo Guerini. “Temos que observar que a maioria das ocorrências que tão acontecendo são extra-campus”, lembra.

Quanto à ideia da colocação de catracas pra controlar o entra-e-sai de gente na Univali, anunciada pelo reitor Mário César dos Santos, o sociólogo nem pensa duas vezes pra dizer que é contra. “A universidade é comunitária e não pode fechar seu acesso ao público, não pode cercear o acesso do indivíduo, que tem que ser livre. Não dá pra transformar a universidade num monastério e isolar as pessoas. Isso não vai resolver”, dispara.