A dona justa determinou, através de uma liminar, o afastamento imediato de Carlos Manuel Correa da Silva, bagrão da Vigilância Epidemiológica de Itajaí. A liminar também pede que os bens do carinha sejam retidos no valor de mais de 930 mil reales, porque o bagrão acumulava ilegalmente três cargos públicos. A denúncia partiu do Ministério Público, que instaurou uma ação civil pública e apurou que Carlos atuava como médico em Balneário Camboriú, Balneário Piçarras e outro em Itajaí. Ele ainda era funcionário de confiança na Vigilância Epidemiológica, também em Itajaí.

Na ação, a promotora Darci Blatt, da 9ª Promotoria de Justiça de Itajaí, afirma que a medida foi necessária para evitar mais preju aos cofres públicos por causa do exercício irregular de função. A promotora ainda explica que Carlos praticou ato de improbidade administrativa ao assumir o terceiro cargo de médico no município de Itajaí, bem como a função na Vigilância Epidemiológica, acumulando cargos e funções públicas nos mesmos horários.

Sobrou até para a vice-prefeita, que respondia pela secretaria de Saúde, Dalva Rhenius. Ela também foi acusada de improbidade administrativa por ter concedido a gratificação ao dotô. “Não me preocupo, porque eu não fiz nada. Em Itajaí, ele cumpria rigorosamente a sua função. Só sobrou para mim porque eu era secretária”, afirma Dalva. O dotô, que não foi localizado pela reportagem, pode recorrer da decisão.