Itajaí

Mansão dos crackeiros é demolida na Fazenda

A fisioterapeuta Vanessa Cristina Sposito, 39 anos, está rindo à toa. A clínica dela fica ao lado de um casarão abandonado que servia de abrigo para 10 moradores de rua no bairro Fazenda, em Itajaí. Por lá, segundo ela, rolavam brigas e o lixo acumulado pelos inquilinos espalhava um fedor insuportável. Ontem de manhã, enfim, a casa veio abaixo. O dono do imóvel, o comerciante Rafael Arlindo Cervo, 40, contratou um tratorzão pra demolir a baia, que ficava na rua Telêmaco Pereira Liberato. “Só de saber que vou dormir sossegada, fico feliz”, comemora Vanessa.

Há cinco anos, ela vinha lutando para dar fim à casa da mãe joana que virou a antiga mansão. “Eles [moradores de rua] entravam aqui, na clínica, e pegavam água. Eu até deixava, pra não me incomodar ...

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Há cinco anos, ela vinha lutando para dar fim à casa da mãe joana que virou a antiga mansão. “Eles [moradores de rua] entravam aqui, na clínica, e pegavam água. Eu até deixava, pra não me incomodar”, desabafa a fisioterapeuta. Mas o que mais incomodava era o fedor que vinha da construção. “Havia um fedor de merda, de coisa podre”, descreve.

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A dona de casa Maria Salete Brandão, 42, também sincomodou com o povo estranho que morava no casarão. Ela vive há 12 anos na Telêmaco Pereira Liberato e, ao longo desse tempo, registrou três boletins de ocorrência por conta dos problemas com os moradores da mansão assombrosa. O último rolou nesse domingo, quando dois mendigos caíram na porrada com o marido e o cunhado dela. Tudo começou porque os malacabados teriam atirado um saco plástico com vômito dentro do terreno da família Brandão. A polícia Militar precisou ser acionada para controlar a briga.

Os mendigos, segundo Maria, viviam no portão da casa dela pedindo dinheiro. Ela suspeita que tenham sido eles os autores dos dois furtos que rolaram na baia neste ano. Sem falar que as madrugadas nunca eram tranquilas, e frequentemente a família acordava com gritaria vinda do terreno ao lado. Ontem, às 8h, quando uma máquina chegou para demolir o casarão, a sensação foi de alívio: “Até que enfim! Estou muito feliz agora”.

“Eu me incomodei muito”, desabafa dono do imóvel

O comerciante Rafael Arlindo Cervo comprou a casa há um ano. De lá pra cá, garante, fez de tudo para botar os mendigos pra correr. “Reformei, pintei, travei as janelas e preguei madeira no portão, impedindo o acesso. Mas os caras [moradores de rua] invadiram meu terreno e detonaram a casa”, diz.

A decisão de demolir a casa veio após as reclamações da vizinhança sobre o consumo de drogas e a zoeira na madruga. “Eu ia reformar a casa, mas ela ficou tão detonada, que só mesmo demolindo. Gastei muito dinheiro pra depois demolir”, reclama.

A casa, segundo ele, pertencia a uma família de São Paulo e foi negociada ano passado. “A ideia era investir no imóvel. Agora, é provável que eu construa um prédio comercial ali. É uma opção de negócio que tenho”. Quem demoliu a casa foi a empresa de Ernani Wippel. O trampo começou às 8h da matina e, antes do meio-dia, o que era uma casa já havia se transformado num monte de entulhos.

“Eu não tenho culpa da situação deles [mendigos]. Mas estavam incomodando muito, invadiram minha propriedade”, narra Rafael.

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Já saiu no DIARINHO

A fisioterapeuta Vanessa já tinha procurado o DIARINHO pra meter a boca no trombone. No dia 27 de setembro, o jornal publicou uma matéria sobre o perrengue da vizinhança, que tinha que conviver com o fedor da casa e o entra e sai de uma tchurma estranha. A frente e os fundos do terreno estavam socados de lixo. Era garrafas plásticas, caixas de leite, restos de tecido, sacolas, pratos descartáveis e calçados. A invasão, segundo Vanessa, já durava quase cinco anos. “O que a gente sabe é que a casa está abandonada por causa de uma briga de herança. Já bateu até polícia lá, mas os moradores voltam depois”, disse a reclamante.

O secretário de Urbanismo, Paulo Praun, disse na época que a prefa tinha determinado o fechamento da casa, mas que estava de mãos atadas porque a casona seria motivo de uma discussão na dona justa. Segundo Rafael, a casa foi o centro de uma discussão familiar, mas depois foi vendida. “Agora é minha”, tratou de avisar.

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