Itajaí

Tem onça na toca... histórias do bairro São Roque

Por Fernanda dos Santos Antunes - 11 anos - 5º ano, Lucas Henrique da Silva Machado - 11 anos - 5º ano, Gabriel Torquatto Krueger - 11 anos - 5º ano

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Morar no bairro São Roque é muito bom! É o que a maioria dos moradores afirmam, tanto é que existem famílias centenárias, que ajudam a preservar as memórias do bairro. E quantas memórias...

Moradores antigos contam que, antes de construírem a BR 101, as carroças passavam de um lado para o outro do rio Itajaí-Mirim, por uma “ponte” construída com pedaços de madeira. Que aventura!

Não havia luz, estrada, nada. Teve gente que viu até onça no mato, por isso a comunidade também é conhecida como “Toca da Onça”.

Os filhos de agricultores raramente seguem a profissão dos pais, preferindo trabalhar no centro da cidade. Algumas famílias continuam vivendo da agricultura, lidando com gado ou plantando aipim.

As hortaliças que os alunos consomem na escola são cultivadas por moradores locais, isso ajuda a incentivar o plantio e valoriza o trabalho dos agricultores.

Uma escola cheia de histórias

A rotina dos alunos da Escola Isolada Jorge Domingos Gonzaga, onde estudamos, é um pouco diferente dos alunos que estudam em áreas urbanas, a começar pelas aulas embaladas pelo canto dos tucanos, comuns na região. Mesmo tendo acesso à internet, televisão e celular, a maioria das crianças mora em sítios ou chácaras, com muitos animais de estimação, que vão desde cachorros, até cobras e jacarés! E não é história do povo da roça não!

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É claro que nossa escola também faz parte dessa história. Então convidamos a primeira professora que trabalhou aqui, a dona Carolina Leonor Maestri. Para saber mais detalhes sobre as memórias do bairro, fizemos uma visita e organizamos uma breve entrevista.

Aprendiz de Marinheiro: Como era o bairro São Roque quando a senhora veio morar aqui?

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Dona Carolina: Eu já nasci aqui. Nessa época o bairro era muito pobre, não tinha muitas casas e a estrada era de chão batido. A gente ia de um lugar pra outro de carroça ou a pé, porque não tinha carro, nem ônibus. Era tudo muito simples, mas era uma época boa.

AM: É verdade a história sobre cobras gigantes e onças que habitavam a comunidade?

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Dona Carolina: Olha, a gente ouve muitas histórias, mas não sei se todas são verdadeiras. Nunca vi cobras gigantes, embora já tenha ouvido falar que mataram uma de seis metros na frente da escola; era tão grande que tiveram que fatiá-la para levar de carroça pra outro lugar. Antigamente aparecia muitas cobras dentro de casa, hoje é mais difícil. E a história da onça, todo mundo diz que é verdadeira, até porque a comunidade ficou conhecida como “Toca da Onça. Eu nunca vi, ainda bem!

A.M.: Como era a escola antigamente? E os alunos?

Dona Carolina: Eu fui a primeira professora da escola. Eram mais ou menos 30 alunos, divididos em duas salas, mas eu tinha que dar aula pras duas turmas. Enquanto uma fazia atividade, eu ia explicar na outra. Além disso, fazia merenda, cuidava da escola aos sábados. Era bastante coisa pra fazer, mas os alunos eram bonzinhos e eu amava o que fazia. Só depois de muitos anos de trabalho é que resolvi me aposentar.

A senhora já pensou em mudar-se de bairro ou cidade?

Dona Carolina: Não, nunca! Nasci aqui e não me vejo em outro lugar. São Roque é um lugar maravilhoso para morar!

Quais as necessidades do bairro que a senhora percebe atualmente?

Dona Carolina: Sinto falta de segurança, pois nosso bairro tem sido muito assaltado. Inclusive eu e minha família já fomos reféns de bandidos, mas isso acontece em todos os bairros né? Também sinto falta de um mercado grande perto de casa, pois tenho que ir pro centro fazer compras e se esqueço alguma coisa, é outra viagem. Um postinho de saúde no bairro com bons médicos também seria ótimo!



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