Itajaí

Viúva diz que foi trancafiada por 3 meses

Mulher foi resgatada ontem de um sítio por amigos e procurou a polícia. Já a acusada diz que viúva é doida

Ela perdeu o marido num trágico acidente, em março deste ano. Pouco depois, em agosto, foi investigada pela morte de um dos quatro filhos, o mais novo deles, de apenas cinco anos. Descobriu-se, mais tarde, que a criança teria sido vítima da gripe H1N1. Mas os dramas na vida de Maria de Lourdes Ferreira, 43 anos, não pararam por aí. Teria ficado de agosto até ontem trancada num sítio em Itajaí, supostamente enganada por uma mulher que, segundo contou à polícia, se apresentou como advogada. A viúva foi resgatada ontem por amigos e acusa a empresária Maria Helena Santos, moradora de Barra Velha, de tê-la mantido em cárcere privado. Maria Helena negou ao DIARINHO a história, disse que a guria está louca e que vai processá-la por calúnia.

Era perto das 11h da manhã, quando o comerciante Valdene Mendes, 41, a esposa e um amigo foram até o sítio onde Maria de Lourdes estava, numa comunidade entre Itajaí e Ilhota. Foi lá que encontraram ...

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Era perto das 11h da manhã, quando o comerciante Valdene Mendes, 41, a esposa e um amigo foram até o sítio onde Maria de Lourdes estava, numa comunidade entre Itajaí e Ilhota. Foi lá que encontraram a dona de casa que há três meses andava sumida e malemale podia se comunicar com eles por telefone. O grupo aproveitou que a dona do sítio não estava, pegou as poucas roupas de Maria de Lourdes e das filhas dela, de 14, 12 e nove anos, tascou tudo no carro e foi direto à delegacia de Penha denunciar a prisão a que toda a família estava submetida. Antes de ir parar no sítio, a viúva morava em Penha.

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Ontem mesmo, o agente Allan Coelho, da depê da capital do marisco, instaurou um inquérito pra investigar o suposto crime de cárcere privado. “Ela chegou na delegacia abalada: dava pra ver que realmente não estava bem. O caso inicia como cárcere, mas vamos ver no decorrer das investigações”, ponderou o policial. Pela versão de Maria de Lourdes, ela estava sendo coagida a ficar no sítio. As filhas nem podiam ir à escola.

Investigação pela morte da criança

A história de Maria de Lourdes com a polícia começou em agosto deste ano, quando o filho de cinco anos morreu. Parentes viram marcas no corpo da criança e denunciaram às otoridades. Foi o próprio agente Allan quem investigou o caso e, depois de ouvir inclusive o médico que atendeu o guri no PA, constatou que o menino morreu por complicações de saúde e não por violência física.

Foi por conta da morte do filho que a família foi parar no sítio de Maria Helena, em Itajaí. Luiz Borges, 36, o novo companheiro de Lourdes, trampava como pedreiro pra Maria Helena que, afirma a viúva, se apresentava como advogada. “Ela falou que a gente ia ser preso. Disse que a gente podia ir para o sítio enquanto ela arrumava as coisas pra gente não ser preso”, contou a dona de casa.

No sítio, a ordem era de ficarem escondidos. A viúva diz que fazia os trabalhos da casa e até pagava as contas de luz e água. Na semana passada, começou a achar estranho quando a suposta advogada pediu pra que ela assinasse uma procuração pra sacar a pensão deixada pelo marido, de R$ 1100. “Quando pensava em ir até a polícia, ela dizia que se eu fosse, ia pra cadeia, porque era acusada de ter matado meu filho. Eu ficava com medo por causa das minhas outras filhas. Quero justiça”, resumiu Maria de Lourdes. Luiz Borges não quis ir embora e ficou no sítio.

Empresária diz que ajudou a viúva

A empresária Maria Helena Santos, de Barra Velha, conversou ontem à noitinha com o DIARINHO pelo telefone. Ela negou todas as acusações. “A Maria está louca. Ajudei, nunca ficou presa e vai ser processada por isso”, falou, irritada. A mulher afirmou que não é advogada e que trampa no ramo de empreendimentos imobiliários.

Foi através do funcionário Luiz Borges que Maria Helena teria conhecido Maria de Lourdes. A empresária disse que a viúva chegou a morar com o novo companheiro em uma de suas obras, num alojamento onde já estavam outros cinco pedreiros. Maria Helena se apiedou da família, já que havia três meninas com o casal. “Ofereci a casa de Penha, mas ela ficou poucos dias, depois foi pra Joinville e voltou. Estava no sítio há apenas 10 dias, nunca ficou esse tempo todo lá”, garantiu.

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Maria Helena confirmou que ontem, pela manhã, não estava no sítio quando Valdene foi buscar Maria de Lourdes e as crianças. Só soube que eles foram embora quando chegou por lá, à tarde. Para a empresária, tem dente de coelho nessa história toda. “O Valdene está recebendo a pensão por ela pra fazer festas. Já a Maria vive bêbada e sei que um parente já entrou na justiça pra ficar com as crianças”, acusou. E concluiu: “Nunca peguei dinheiro dela. Tudo que está falando vai ter volta, não vai ficar assim”.



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