Itajaí

Quatro categorias e 88 velejadores prontos para atravessar o Atlântico

Direto de Le Havre - França

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Por James Dadam

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Por James Dadam

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james@diarinho.com.br

A regata francesa Transat Jacques Vabre é uma competição que acontece a cada dois anos, sempre partindo de Le Havre para um país das Américas. A prova retrata a ligação e as relações comerciais do porto francês com os países produtores de café, recordando a primeira vez que uma carga de pouco mais de 36 quilos de grãos de café foi descarregada na cidade, em 1728.

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Embora tenha sido originalmente criada em 1993 como uma regata solitária, na qual apenas um competidor viajava no barco, a partir da segunda edição, em 1995, cada embarcação passou a levar dois velejadores. Tudo isso obrigou as equipes a uma série de adaptações nos veleiros, pois a maioria foi fabricada para comportar apenas uma pessoa. Muitos deles tiveram que passar por modificações na estrutura para que um novo tripulante fizesse parte da competição.

Outra característica da Jacques Vabre é que, diferentemente da Volvo Ocean Race, não existem paradas no meio do caminho, apenas um único destino. Neste ano, a 11ª edição será comemorativa aos 20 anos da competição, e os veleiros vão aportar em Itajaí.

São 44 barcos e 88 competidores divididos em quatro categorias de barcos. A campeã em número de inscrições é a Class40, com barcos de um casco só com no máximo 40 pés ou 12,18 metros de comprimento. Esta categoria é a queridinha dos navegadores. Os barcos são menores, custam menos do que os outros e atraem velhos marinheiros experientes, mas também amadores.

É o caso do britânico Mike Gascoyne, 50 anos, que pela primeira vez participa da Jacques Vabre. O designer de carros de Fórmula 1 e diretor técnico da Caterham, antiga Lotus, é um apaixonado por aventura. Ele já escalou o Himalaia duas vezes, voou de parapente por quatro anos, e em 2012 velejou de Cascais, em Portugal, até Granada, no Caribe, quando atravessou, sozinho, 3200 milhas do oceano Atlântico em 17 dias. Isso sem contar os 25 anos de envolvimento com o campeonato de automobilismo mais famoso do mundo, a Fórmula 1.

Ele já esteve várias vezes no Brasil, principalmente para as corridas de Fórmula 1, e acredita que a atmosfera na chegada da competição em Itajaí vai ser ótima. “Eu espero me divertir muito por lá e quero beber várias caipirinhas”, brinca o capitão do veleiro Caterham Challenge, que vai dividir o espaço na embarcação com o também britânico Brian Thompson, que já participou de quatro edições da regata francesa.

Para Mike, existem muitas semelhanças entre o trabalho na Fórmula 1 e a vida de velejador. Em ambos ele mexe com máquinas de alta tecnologia, visita diferentes países em todo o mundo e precisa estar constantemente em contato com os engenheiros pra deixar as “máquinas” no ponto para as corridas. “A diferença é que na Fórmula 1 eu não dirijo o carro, e aqui estarei eu no comando. Há também a questão do tempo. Uma corrida dura duas, três horas, e a regata mais de 20 dias”, pontua.

Embora nunca tenha velejado no Brasil, ele acredita que a regata vai servir para relembrar os bons momentos que viveu com o grande amigo Ayrton Senna. “Ele era uma pessoa fantástica e, com certeza, foi o melhor piloto da história. Eu tive a oportunidade de conviver com grandes pilotos, mas sem dúvidas ele foi o melhor. Foi um grande privilégio trabalhar com ele”, afirma.

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Os gurizões da regata

É nesta mesma categoria que estão os competidores mais jovens da regata. Os britânicos Ned Collier Wakefield e Sam Goodchild têm 25 e 23 anos, respectivamente, e vão para a segunda participação na Jacques Vabre. Na edição anterior, eles abandonaram a regata. Desta vez, contudo, esperam chegar até Itajaí e, de preferência, nas primeiras posições. “Estamos muito contentes de velejar até o Brasil. A competição vai ser difícil, mas estamos mais preparados e mais experientes. É claro que há a preocupação com as condições meteorológicas logo após a partida, mas vamos fazer o nosso melhor”, afirma Ned, que vai pilotar o Concise 8.

A categoria Multi50 tem seis duplas inscritas para a competição. Quase todos os velejadores são da casa: são 11 franceses e um italiano. Os barcos têm, no máximo, 50 pés de comprimento, ou 15,24m. A partida deles está marcada para terça-feira, dia cinco.

Maiores são os veleiros da classe Imoca, embarcações de apenas um casco com comprimento máximo de 60 pés (18,28m). Rápidos e sofisticados, são considerados verdadeiros laboratórios para o desenvolvimento de tecnologia na área naval. Os 10 barcos que participam da categoria estão programados para partir no domingo, juntamente, com a Class40, se o tempo permitir. A maior parte dos barcos são franceses, mas há um veleiro polonês e um italiano.

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Finalmente, a última categoria é a Mod70, com apenas dois barcos na disputa. Eles são os maiores da regata e podem ter até 21,2m de comprimento. Como também são os mais rápidos, devem ser os últimos a deixar Le Havre. A princípio, a partida deles está marcada pra sexta-feira, dia oito.




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