O governador Raimundo Colombo (PSD) passou por Itajaí nessa terça-feira marcando território com recursos estaduais, do tal Pacto por Santa Catarina. Os valores do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam) chegaram a 28,6 milhões de reales e mais três milhões de convênios em nove municípios da região. O governo do estado não soube explicar direito o que pesou mais na conta pra dividir esse bolo, dentro dos critérios da Fundam, que priorizam o número de habitantes das citys, as emendas parlamentares e também a relevância dos projetos apresentados.
Continua depois da publicidade
Francisco Pinheiro, diretor de Gestão de Fundos, ligado à secretaria da Fazenda, confirma que foram usadas as normas do Fundo, mas não soube explicar por que municípios com menos habitantes, como ...
Francisco Pinheiro, diretor de Gestão de Fundos, ligado à secretaria da Fazenda, confirma que foram usadas as normas do Fundo, mas não soube explicar por que municípios com menos habitantes, como Navegantes e Bombinhas, ganharam uma bolada maior que Itajaí, que é bem mais populosa. Os dengo-dengos embolsaram R$ 4,7 milhões, a capital do mergulho R$ 3,9 milhões e a city peixeira ficou com R$ 3,7.
Continua depois da publicidade
A viabilidade dos projetos apresentados é avaliada pela secretaria da Fazenda para, só então, definir os repasses para os municípios. Pode acontecer de o prefeito ver que a sua necessidade não é aquela e mudar a destinação dos recursos, refazendo o convênio, explica o bagrão.
Claudir Maciel (PSD), mandachuva da SDR-Itajaí, diz que o governador deixou de lado essa história do número populacional das citys, porque senão as cidadezinhas ficariam com poucos recursos. Para o dublê de novela mexicana, os prefeitos que se mexeram mais conseguiram mais dindim. Os prefeitos que mais se movimentaram acabaram recebendo mais recursos. A atuação dos parlamentares também foi bem considerável na região, afirma Maciel.
Continua depois da publicidade
De acordo com o secretário, esse dinheiro pode não representar muito para um município com a arrecadação de Itajaí, mas pode significar bastante para uma cidade do porte de Bombinhas, que tem apenas 14 mil habitantes e anda apertando o cinto.
Reforço no caixa e de olho em 2014
O fundo Estadual de Apoio aos Municípios (Fundam) foi criado, segundo o discurso oficial, para promover o desenvolvimento dos municípios da Santa & Bela e deve distribuir 500 mijones para os 295 municípios do estado.
Para o professor e cientista político Sérgio Saturnino essa dinheirama ajuda, mas não resolve o grande problema dos municípios que ficam reféns do pacto federativo. A maioria das prefeituras está no limite prudencial, então esse dinheiro pode ser relevante para o equilíbrio de contas. O problema é que temos altíssima concentração de recursos na esfera nacional e estadual, trazendo uma série de dificuldades para os municípios, ressalta o sabichão.
O governador Raimundo Colombo diz que o Fundam é um investimento para garantir o que chama de pequenas obras, com um volume significativo de grana. É um reforço no caixa das prefeituras, diz o governador.
A grana é para ser gasta com infraestrutura, educação, saúde e assistência social, desporto e lazer, saneamento, equipamentos e veículos de saúde e educação, máquinas e equipamentos rodoviários.
Continua depois da publicidade
Saturnino considera que essas partilhas fazem parte do jogo político e que o valor dos repasses calculados para os municípios partem de critérios muito subjetivos. Descartado o critério populacional, que foi deixado de lado, avaliar se um projeto é relevante ou não é muito subjetivo. E é importante lembrar que estamos às vésperas de uma eleição, diz o fessor.