O desembargador Jorge Luiz de Borba, do Tribunal de Justiça da Santa & Bela, determinou, por meio de liminar, que a escola Estadual Professora Júlia Miranda de Souza, em Navegantes, reintegre o professor Maicon César Crispim. Ele foi afastado do cargo há dois meses.
O fessor dava 40 horas semanais de trabalho no colégio, e agora aguarda ser chamado pela gerência Regional de Educação da secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí (SDR). Até sexta-feira, ...
O fessor dava 40 horas semanais de trabalho no colégio, e agora aguarda ser chamado pela gerência Regional de Educação da secretaria de Desenvolvimento Regional de Itajaí (SDR). Até sexta-feira, contudo, a abobrona responsável pelo setor, Isabel Belizário, disse que estava por fora da decisão, publicada dia quatro. Oficialmente, não sabemos de nada, apenas pela boca dos outros, mas nem a SDR e nem a escola estão sabendo disso, afirmou Isabel. Ela avisou que Maicon só volta se o governo da Santa & Bela deteminar.
De acordo com a decisão do magistrado, o profe deverá voltar a cumprir as 40 horas semanais até o fim do contrato dele, que é no estilo admitido em Caráter Temporário (ACT), que termina dia 21 de dezembro. A liminar explica que a exoneração de Maicon não teve um motivo concreto e que ele não teve chance de defesa. O desembargador cita, também, que nenhum dos diretores se pronunciaram quanto ao caso.
O perrengue rolou em setembro, quando Maicon resolveu meter a boca no trombone e denunciar três diretores e uma diretora-geral do Júlia Miranda à SDR e à Ouvidoria do governo.
Segundo ele, quando os folgados faltavam durante as manhãs, seus nomes eram escritos a lápis por um funcionário de confiança da diretora. Quando iam à tarde, assinavam o livro-ponto como se tivessem trampado no período da manhã.
Dias depois, Maicon foi exonerado do cargo e, puto da cara, entrou com pedido de liminar na dona justa contra seu afastamento. Segundo o fessor, tudo isso rolou por causa da denúncia.
Na época, o DIARINHO entrou em contato com um dos diretores dedados, Douglas Lopes, que negou a denúncia. Ele afirmou que Maicon levou o pé na bunda da escola porque era encrenqueiro e inventou toda a história. O bagrão contou, ainda, que na época o profe teria ameaçado alguns alunos, desrespeitado professoras e agredido uma das diretoras, além de o desacatar na frente dos alunos. Segundo a gerente da SDR, Isabel Belizário, Maicon foi demitido porque era um barraqueiro e já tinha causado outros perrengues. Após a treta, SDR prometeu instalar pontos eletrônicos em todas as escolas estaduais da região.