Sirlei Machado, 26 anos, não poderá mais sair para dançar, se divertir com os amigos, namorar, trabalhar e cuidar do filho de oito anos. A vida da jovem, moradora de Camboriú, foi interrompida de forma rápida e estúpida. Ela foi mais uma vítima de crime passional, só porque não queria mais viver com o companheiro. A moça foi encontrada morta, caída no chão da sala, ontem de madrugada, por vizinhos. O autor da barbaridade, ex-namorado de Sirlei, confessou o crime e já está preso no presídio da Canhanduba, em Itajaí. A ironia é que o cara já trabalhava no cadeião. Agora, ele só vai ficar atrás das grades.
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Há pouco mais de 20 dias, Sirlei, que morava na rua Leopoldino de Souza, bairro Cedro, na Capital da Pedra, e trabalhava em um restaurante na mesma city, resolveu que não queria mais levar adiante ...
Há pouco mais de 20 dias, Sirlei, que morava na rua Leopoldino de Souza, bairro Cedro, na Capital da Pedra, e trabalhava em um restaurante na mesma city, resolveu que não queria mais levar adiante o relacionamento que tinha há quatro meses com Leandro Marcelo Machado, 26. Mal ela sabia que essa decisão iria custar a sua vida.
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O jovem casal morava na mesma casa. Leandro era agente prisional da Montesinos Sistemas de Administração Prisional Ltda, que toca o presídio da Canhanduba. Há pouco tempo, os dois terminaram o namoro, e Leandro se mudou para a casa da mãe, em Balneário Camboriú. Na madrugada de domingo, por volta das duas horas, o rapaz, inconformado com o fim do relacionamento, resolveu visitar a ex-amada. Sirlei não estava em casa, havia saído pra se divertir com os amigos. Decidido, o agente sentou e esperou até o retorno da amada.
Lá pelas 5h30, Sirlei chegou acompanhada por alguns amigos. Ela consentiu a entrada de Leandro em sua casa, e ele esperou o pessoal sair para que pudessem conversar. Leandro acreditava que conseguiria convencer a ex a reatar o namoro. Depois de muito blablablá, Sirlei se irritou e empurrou Leandro pra que ele fosse embora. Foi aí que o bicho pegou. Os dois se embolaram no chão, e ela começou a gritar pedindo socorro. No impulso, Leandro tapou a boca da guria com a mão e prometeu não tirar até que ela se acalmasse e parasse de gritar. Sirlei nunca mais falou.
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Com o barulho da briga do casal, um vizinho acordou assustado e foi ver o que estava acontecendo. Assim que percebeu que a moça estava desmaiada, Leandro a largou no chão da sala e saiu correndo, com medo que o vizinho chamasse a polícia. Ele foi para casa, se arrumou e foi trabalhar normalmente, como se nada tivesse acontecido. Sirlei ficou morta na sala. O filho de oito anos da vítima não estava em casa no momento do crime. Ele dormia na casa de uns parentes.
Não teve socorro
Quando a polícia chegou, a moça já não respirava. O corpo foi encaminhado ao instituto Médico Legal (IML), de Balneário Camboriú, e o caso repassado à polícia Civil. Os agentes, com base nas primeiras informações da PM, foram até a baia de Leandro e de lá ao presídio da Canhanduba. O rapaz foi levado à depê do Monte Alegre, mas no meio do caminho confessou o crime e contou toda a história. Mesmo assim, Leandro jura que não tinha a intenção de matar e jura que, quando saiu de lá, também não sabia que a amada estava morta.
Sem chance de defesa
Segundo a delegada Daniela Souza, Leandro cometeu um crime passional. Ele foi preso em flagrante e vai responder por assassinato qualificado, por conta da asfixia e por ter sido um motivo fútil. Leandro passou do lado de fora para o de dentro das grades do presídio onde trabalhava. O corpo de Sirlei está sendo velado na capela do cemitério do Rio do Meio, em Camboriú. O enterro vai acontecer hoje.
No facebook, os amigos de Sirlei, ainda incrédulos, não comentaram o assassinato. Lá, Leandro também deixou o registro do seu amor doentio. No dia 26 de junho, às 12h43, ele comentou uma foto postada pela então namorada. Minha gata linda t amooooooo..., escreveu embaixo da foto. Quatro meses depois, ele deixou o amor virar ódio e acabou virando um assassino.
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