Se o número é alto, então aí vai um pensamento pra deixar você ainda mais dicara: se cada exemplar é manuseado por sete pessoas, em média, então quantos leitores folheiam os 10 mil exemplares que são impressos todo o santo dia pelo DIARINHO? Se você é bom de conta de cabeça, então já sabe o resultado. Isso mesmo, é possível estimar que, pelo menos, 70 mil das mais de 250 mil pessoas que moram entre Navega, Balneário e Itajaí e são potenciais leitores de jornal passem o olho nas páginas do DIARINHO, de acordo com a pesquisa da Univali. E olha que nesta conta ainda ficam de fora os leitores da edição on-line.
Observe como isso acontece, que é bem interessante. Se tiver tempo, dê uma passada pela manhã no tradicional bar da Betty, que fica na rua Hercílio Luz, bem perto da igrejinha da Imaculada Conceição. Você vai ver, em uma ou duas mesas colocadas em plena calçada, algumas das mais conhecidas figuras da cidade botando em dia a fofoca matinal. E, claro, o DIARINHO vai estar rolando nas mãos desses advogados, sindicalistas, políticos, servidores públicos, jornalistas, professores, comerciantes e empresários. Aqui, todo o mundo compra o DIARINHO. É novo, velho, rico, pobre, diz Elisabet Pruner de Oliveira, a Betty, 53, dona da lanchonete.
As profissões e as matizes ideológicas e partidárias dos frequentadores do bar da Betty são diferentes. Mas o gosto pelo DIARINHO é comum. Eles ficam aqui das 7h30 até as 10h da manhã com o jornal na mão, conta a dona do bar. Antes eles pegavam, olhavam e não queriam pagar. Aí eu disse peraí, gente, me perdoe, mas se leu tem que pagar. Poxa, jornal também é uma empresa, lembra, Betty, dando uma alfinetada na esperteza da clientela seleta.
DIARINHO faz sucesso porque é democrático e regional
Para Ricardo Pedreira, diretor-executivo da associação Nacional dos Jornais (ANJ), o resultado da pesquisa da Univali, que aponta o DIARINHO como o veículo de comunicação impressa preferido por 70% dos leitores, mostra o tamanho da força do jornal na região. A explicação dessa liderança, certamente, é a identificação do DIARINHO com a região onde circula, com os anseios e interesses dos seus cidadãos, arrisca dizer. O segredo, para ele, está justamente no fato de ser o DIARINHO um jornal democrático e que abre espaço para os leitores.
A diretora de Redação do DIARINHO, Samara Toth Vieira, ao mesmo tempo em que comemora os números da pesquisa da Univali, concorda com a explicação de Pereira. O DIARINHO nasceu como o primeiro diário de Itajaí, há 34 anos. O fato de ter sido o pioneiro, contudo, não significa necessariamente sucesso garantido. O que o consolidou foi o fato de ter aberto espaço em suas páginas para contar a história das cidades da região e de suas comunidades. Sempre pautado pelo interesse público e sem medo de comprar brigas para buscar sempre a verdade dos fatos, diz Samara.
A chefona do DIARINHO também atribuiu a liderança à profissionalização pela qual o jornal tem passado nos últimos anos. Nós entendemos que precisávamos manter a casa em ordem para sobreviver num mercado com uma concorrência cada vez maior. Montamos uma equipe que prima pelo bom jornalismo e, na parte administrativa, fomos atrás de um modelo de gestão que pudesse nos tornar uma empresa saudável financeiramente. Há muito ainda para ser feito, mas os números da pesquisa apontam que estamos no caminho certo, afirma Samara.
DIARINHO pauta bate-papo da city
Sentar e puxar papo com essa turma espalhafatosa que todas as manhã está na calçada da Hercílio Luz, como cliente do bar da Betty, é ainda mais legal. Eles vão concordar e discordar entre si, ensaiar pequenas brigas, tirar sarro um do outro para, no final das contas, afiançar o resultado da pesquisa da Univali. Criou-se uma cultura de ler o DIARINHO, diz Sérgio Pimenta, auditor da Receita Federal. O DIARINHO é um jornal sem medo de ser feliz, por isso todo o mundo o lê, afirma Celso Bressiani, o Faustão, diretor da revista SuperTrans. Antes de ir falar com o juiz, com o promotor, as pessoas vão falar com o DIARINHO, solta o advogado José Domingos Bortolatto. O DIARINHO fala o que o pessoal quer falar. Criou-se aquilo de saiu no DIARINHO e todos comentam, analisa o professor aposentado e blogueiro Paulo Mães. Outro dia, fui mostrar a um conhecido umas fotos que tirei no campo do Marcílio, e ele me disse não precisa não, amanhã vejo no DIARINHO, conta o radialista Célio Fóes, rindo do fato.
Da conversa com as figuras públicas que frequentam o bar da Betty, é possível reforçar o resultado da pesquisa da Univali de que cada exemplar do DIARINHO é lido por pelo menos sete pessoas. Lá na Procuradoria, de sete a oito pessoas pegam o jornal. Todo o mundo quer dar uma olhada. Eu vejo a capa lá, venho e compro aqui na Betty pra poder ler, conta o advogado Ivan Macagnam, procurador da prefeitura. E completa: Às vezes, é o César que pega aqui e começa a espalhar o jornal pra gente. Carlos César Pereira, o César do sindicato dos Motoristas de Itajaí e Região, confirma e emenda: eu tenho assinatura on-line, mas não tem jeito, chego aqui na Betty e compro também. Já sou assinante do DIARINHO há uns 20 anos. Por isso, boa parte do assunto dessa turma se pauta pelo que sai no jornal. A maioria desses frequentadores matinais do bar da Betty, inclusive, já foi notícia do DIARINHO.
Amanhã termina a série
A pesquisa de audiência de jornais foi feita pela Univali em Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes. A importância do jornal para o mercado publicitário e o que dizem os estudiosos sobre esse fenômeno de vendas estão entre os assuntos principais. Ah! E amanhã você vai conhecer a história de um grande empresário da região que só faz propaganda no DIARINHO porque, afirma, sabe que aqui tem retorno garantido.