O casal Anderson Clayton Faria Sbruzzi, 38 anos, e Aline Aparecida César Terashima, 25, voltaram à Santa & Bela. Mas desta vez vieram dentro de uma viatura policial e com um par de algemas. A dupla é investigada pelo assassinato de Elita Kratz, 67, e da filha dela, Márcia Zeferino, 46, num crime bárbaro cometido na quarta-feira da semana passada, em Penha. O casal chegou ontem à tarde de Taubaté é está na depê de Balneário Piçarras. Lá, o bombadão afirmou que foi ele quem matou as duas mulheres e livrou a cara da namorada. Dona Elita e a filha tiveram a cabeça batida várias vezes no piso da casa, o que teria sido a causa da morte. Mas Anderson confirmou que também furou as duas com espetos.
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O delegado Rodolfo Farah informou que ontem mesmo tomou o depoimento de Anderson, que teria contado com minúcias o que aconteceu na casa da idosa na madruga de seis de novembro. Mas o dotô não revelou ...
O delegado Rodolfo Farah informou que ontem mesmo tomou o depoimento de Anderson, que teria contado com minúcias o que aconteceu na casa da idosa na madruga de seis de novembro. Mas o dotô não revelou o conteúdo da conversa que teve com o assassino. O que posso dizer é que ele revelou detalhes que vão nos ajudar no esclarecimento do crime, afirmou.
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Uma fonte policial revelou que Anderson teria admitido que estava chapadaço quando trucidou mãe e filha. Pelo depoimento, o bombadão contou que durante o churrasco oferecido por dona Elita e Márcia, foi levar a namorada na quitinete que tinham alugado, em Penha. Depois voltou à casa das duas mulheres.
No caminho, afirmou Anderson, comprou cocaína e, ao misturar o pó com álcool, acabou ficando doidão. O assassino alegou que a idosa e a filha também estavam manguaçadas. Anderson fazia umas reformas na casa das duas e, a certa altura do churrasco, começaram a discutir por conta do trampo. A desculpa do bombadão é que não lembra quem atacou primeiro, mas admitiu que saiu no braço com Márcia e que furou as duas com o espeto do churrasco. Depois que as mulheres estavam caídas, ele estraçalhou a cabeça delas no piso.
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Depois de matar dona Elita e Márcia e tentar se livrar das evidências do crime, Anderson teria voltado à quitinete onde morava. Afirmou que só revelou para a namorada que tinha matado as duas no meio do caminho, quando já estavam indo embora.
Aline também prestou depoimento. Os dois trouxeram advogados de Taubaté, cidade natal deles e onde se entregaram para a polícia, ao saber que estavam sendo procurados pela dona Justa.
Segundo a polícia, o trelelê dos dois serve como base para direcionar as investigações, mas que aliado a isso, pra concluir o inquérito, é necessário também o laudo do instituto Geral de Perícias (IGP ). Será através do laudo que a polícia vai confirmar se Aline estava ou não na cena do crime.
Anderson passou de visita a assassino
O crime aconteceu na casa de número 1941 da rua Antônio Brígido de Souza, Mariscal, em Penha. No dia anterior, Anderson e Aline foram convidados para um churrasco por dona Elita e pela filha da idosa. Márcia tinha sido colega de trampo do casal num restaurante de Balneário Piçarras, e o bombadão chegou a fazer uma reforma no telhado da baia das duas.
As mortes rolaram na madrugada de quarta-feira. Para evitar que os vizinhos e até uma irmã que morava perto escutassem os gritos, o som da casa ficou ligado. Depois de mortas, mãe e filha foram levadas para a cama do quarto de Márcia e tiveram as roupas tiradas. Junto com peças das vítimas, colocou a bermuda que usava e mais uns lençóis e toalhas na máquina de lavar.
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A televisão da casa foi deixada na porta e um cofrinho com dindim foi colocado no carango das vítimas. O carro não chegou a ser levado, mas a carteira de Márcia, com documentos e cartões do banco sumiu e foi encontrada na sexta-feira, por um caminhoneiro, jogada às margens da BR-101, em Garuva. Também na sexta, a dona Justa decretou a prisão temporária do casal, que acabou se entregando na terça-feira na delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Taubaté.
O delegado Rodolfo Farah não descarta a possibilidade de a polícia pedir à dona Justa que a prisão temporária do casal seja transformada em prisão preventiva, a fim de que eles esperem o julgamento atrás das grades.