Itajaí

Dono da Embraed, morto com tiro no peito, é enterrado no domingo

Rogério Rosa, vítima de depressão, teria se matado na véspera do seu aniversário de 60 anos; investigação da polícia só vai concluir por assassinato ou suicídio daqui a 30 dias

O adeus foi rápido. Não mais que três horas. Rogério Rosa, dono da construtora Embraed, que hoje completaria 60 anos, foi enterrado perto das 19h de ontem no cemitério parque dos Crisântemos, em Itajaí. Um velório breve teria sido o jeito da família diminuir a dor pela morte do empresário, encontrado morto pela manhã com um tiro no peito, em um de seus prédios de luxo na avenida Atlântica, em Balneário Camboriú. No apartamento estava apenas uma namoradinha de Rogério, uma garota de 20 anos.

O delegado Osnei Valdir, da divisão de Investigações Criminais (DIC), prefere ser prudente. “Tudo indica que é suicídio, mas eu vou esperar os laudos para concluir”, disse, ontem à noite. Pessoas ...

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O delegado Osnei Valdir, da divisão de Investigações Criminais (DIC), prefere ser prudente. “Tudo indica que é suicídio, mas eu vou esperar os laudos para concluir”, disse, ontem à noite. Pessoas ligadas ao dono da Embraed revelaram que ele estava sofrendo de depressão e que nesta segunda-feira teria uma consulta médica para tratar o problema.

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Apesar da tristeza, o enterro foi discreto. O corpo chegou na capela mortuária do cemitério Parque dos Crisântemos, na praia Brava, por volta das 17h. O velório foi rápido, durou menos de três horas. Mas foi tempo suficiente pra que cerca 300 pessoas, entre familiares, amigos e funcionários chegassem por lá para prestar a última homenagem ao empresário. Foram tantas coroas de flores que não couberam no interior da capela.

A dúvida sobre o que realmente levou o empresário à morte foi o tema do velório. Alguns entravam na capela mortuária, choravam e saíam. Na parte de fora, em pequenos grupos, as pessoas se perguntavam sobre o motivo da tragédia.

A morte de Rogério Rosa mobilizou toda a polícia. Técnicos do instituto Geral de Perícias (IGP) de Florianópolis foram convocados para analisar o corpo e o local onde o empresário foi encontrado. Além de impressões digitais, foram coletadas amostras da pele das mãos de Rogério para saber se foi ele mesmo quem fez o disparo certeiro no coração. O delegado Osnei Valdir, chefão da DIC, prefere esperar os laudos da perícia para tirar uma conclusão sobre o que aconteceu. “Vou concluir o inquérito somente em 30 dias, que é o prazo que tenho para isso”, afirmou.

A intenção da família era cremar o corpo. Mas, por interferência do delegado, Rogério foi enterrado. Isso porque, argumentou o dotô, seria preciso uma autorização judicial, já que a morte está sob investigação. Sobre a rapidez com que o empresário foi enterrado, o delegado Osnei garantiu que isso não vai interferir na investigação.

Fontes extraoficiais chegaram a dizer que o suposto suicídio foi registrado pelas câmeras de segurança do apartamento do empresário e que as imagens já estariam em poder da polícia. O delegado negou e disse desconhecer tais imagens.

Gente ligada a Rogério Rosa diz que ele tinha depressão

Há aproximadamente 10 dias, a família ficou sabendo que Rogério estava sofrendo de depressão, contou uma pessoa ligada ao empresário. A parentada estava tentando de tudo pra tirar o empresário daquela situação. De acordo com a mesma fonte, eles planejavam uma viagem ao exterior para tentar recuperar a saúde emocional do dono da Embraed. Os amigos dizem que, para a família, não há dúvidas: Rogério Rosa se suicidou.

Ainda antes do meio dia, enquanto alguns parentes aguardavam a liberação do corpo no instituto Médico Legal (IML) de Balneário Camboriú, muita gente foi até o prédio onde morava o empresário atrás de notícias. Amigos e companheiros de trabalho afirmaram ao DIARINHO que Rogério era uma pessoa querida e respeitada por quem tinha contato com ele e garantiram que ele não passava por problemas financeiros. Até na barraquinha de churros e milho de número 168, que o empresário mais cheio da grana da Maravilha do Atlântico, gostava de frequentar, a notícia do suicídio chocou e surpreendeu. “Ele sempre vinha aqui comprar milho e caminhar na praia”, contou o vendedor.

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Embraed vai funcionar hoje

A Embraed, empresa da qual Rogério era fundador e presidente, deverá estar de portas abertas hoje, informou Fábio Oliveira, assessor de imprensa da construtora. “É momento de dar todo o apoio pra família. E a família decidiu que vai manter a empresa funcionando normalmente como forma de homenagear o Rogério”, argumentou.

O assessor disse desconhecer a conversa que rolou durante o velório, de que o empresário estava com problemas de depressão, que tinha um médico pra tratar o assunto e que depois iria viajar com a filha pra fora do país. Também negou que a Embraed estivesse com problemas financeiros. Mesmo assim, afirmou que o suposto suicídio estaria ligado a problemas de saúde. “Tem cunho pessoal, a morte está relacionada a problemas de saúde. Nada a ver com patrimônio”, enfatizou.

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A construtora tem aproximadamente 400 funcionários e, segundo Fábio, estava com 13 projetos em andamento. “O Rogério é um visionário e enriqueceu muito a região, deixando um legado no ramo da construção”, discursou.

Garota de 20 anos era a única que estava no apartamento na hora do tiro

O Beverly Hills, luxuoso prédio no número 5086 da avenida Atlântica, em Balneário, foi o palco da morte de Rogério. O empresário morava sozinho na cobertura do edifício, construído pela Embraed. O corpo foi encontrado caído em um dos quartos com um tiro no peito. A arma usada, um revólver calibre 38, estava ao lado. Uma jovem de 20 anos, que estava no apezão, foi a última pessoa que viu Rogério vivo e quem ouviu suas últimas palavras. A moça, identificada como Ana Cristina Araújo, é funcionária da Embraed e mantinha um relacionamento com Rogério há mais de um ano, informaram fontes ligadas ao empresário.

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Para a polícia Militar, a moça contou que estava dormindo quando ouviu o barulho de um tiro. O horário do disparo seria oito da manhã. Ela teria corrido e encontrado Rogério caído de barriga para baixo e sangrando. O dono da Embraed ainda estaria vivo e teria dito a Ana Cristina que atirou contra o próprio peito. A garota desceu para pedir socorro na portaria e também chamou um funcionário de confiança de Rogério, que trampava no edifício. Os bombeiros chegaram por volta das 8h30, tentaram reanimar o empresário, mas já era tarde demais. Neste momento, a PM foi informada e cercou o local até a chegada da perícia. A polícia chegou logo em seguida e isolou o prédio.

O tenente Tony Nelson Passos Oliveira foi um dos policiais que esteve no apartamento do dono da Embraed. Uma ampla sala de estar, logo na entrada, dava para três cômodos da casa. Num desses cômodos, que funcionava como uma espécie de closet, estava o corpo de Rogério Rosa. Ana Cristina disse que estava dormindo na suíte quando escutou o tiro. Ela, que passou a noite com o empresário, não viu quando Rogério se levantou da cama para tirar a própria vida.

Não havia muito sangue no chão do quarto, pelo que observou o tenente da PM. “Os indícios são de suicídio, mas apenas a perícia e a investigação vão poder confirmar”, fez questão de dizer o policial.

Ana Cristina prestou depoimento à polícia Civil.






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