Em apenas 11 dias de viagem pelo Oceano Atlântico, os primeiros barcos da regata Transat Jacques Vabre devem chegar a Itajaí na tarde de hoje. Os 10 mil quilômetros de regata entre Le Havre, na França, e a city peixeira devem ser completados pelos dois barcos da classe MOD70. Os trimarãs (barcos com três cascos) chamam a atenção pelo desempenho. A disputa está pra lá de acirrada.
Desde a saída do Canal da Mancha, na baía de Biscaia, na linha do Equador e no litoral brasileiro, os modernos multicascos fazem média superior a 900 quilômetros por dia, só levados pelo vento. ...
Desde a saída do Canal da Mancha, na baía de Biscaia, na linha do Equador e no litoral brasileiro, os modernos multicascos fazem média superior a 900 quilômetros por dia, só levados pelo vento. De acordo com o último boletim divulgado pelo saite oficial da regatona internacional na tarde de ontem, as duplas estavam descendo o litoral do Rio de Janeiro, e o barco Edmond de Rothschild estava com vantagem de 90 quilômetros sobre o Oman Air. Estamos chegando perto do fim. Mantivemos o ritmo acelerado desde o Cabo Finisterra. No começo, praticamente não revezávamos no comando do barco, mas com o decorrer da regata conseguimos fazer os turnos e descansar um pouco. Mas a ideia é seguir no ataque, contou Sidney Gavignet, do Oman.
Ainda faltam alguns desafios antes de aportar em Itajaí. Isso porque do Rio de Janeiro para cá os veleiros passam por uma região com pouco vento, que vira de norte e de sul, e isso pode complicar um pouco a vida dos competidores que costumam velejar em uma velocidade média de 60 quilômetros por hora.
Travada na linha do Esquador
A categoria MOD 70 até que demorou pouco para passar os Doldrums, que é uma tal de zona de convergência intertropical, com ventos completamente irregulares. Mas a Multi 50 e, principalmente, os IMOCA travaram próximo à linha do Equador. Nessa região ninguém consegue abrir vantagem sobre ninguém.
Na Multi50, o barco FenêtréA Cardinal está um pouco na frente do Actual na proa de Fernando de Noronha.
Já na categoria dos IMOCA, segue a disputa acirrada entre cinco veleiros. Mais ainda entre o MACIF, que lidera, e o PRB, menos de um quilômetro atrás. As rajadas inconstantes de vento dos Doldrums jogam os barcos mais a oeste. Um pouco mais atrás, os barcos da Classe 40 enfrentam dificuldades para chegar a Cabo Verde, na costa africana. O barco francês GDF SUEZ é seguido pelos alemóns do Mare.
Os veleiros de 40 pés serão os últimos a chegar à city peixeira. Isso deve rolar apenas no mês de dezembro, porque a categoria é mais lerdinha que as outras.
Diolho na regatona
Pelo saite oficial da regata (www.transat-jacques-vabre.com/br) dá pra dar um bizu em tempo real na posição dos veleiros que participam da competição. Também dá pra saber a velocidade e a direção dos ventos, bem como a distância que falta para os barquinhos chegarem à city peixeira.