A superintendência do porto de Itajaí recorreu do canetaço da dona Justa que determinou a restauração imediata do antigo prédio de fiscalização portuária de Itajaí. A autarquia alega que o porto precisa ser expandido e que o velho casarão não possui relevância histórica e cultural pra city. Como a administração recorreu da decisão judicial, o edifício tombado pelo patrimônio segue caindo aos pedaços e sem data para ser reformado.
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No início do mês, o juiz Carlos Roberto da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Itajaí, atendeu ao pedido liminar feito pela vereadora peixeira Anna Carolina Martins (PRB), determinando que o restauro ...
No início do mês, o juiz Carlos Roberto da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Itajaí, atendeu ao pedido liminar feito pela vereadora peixeira Anna Carolina Martins (PRB), determinando que o restauro do local iniciasse em 48 horas e fosse concluído em até 90 dias.
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A superintendência recorreu, mas o juiz ainda não julgou ainda o recurso. Caso a situação não seja revertida, a superintendência pretende cumprir a decisão e reformar o casarão. Já temos profissionais revendo o projeto de reforma e acataremos a determinação final do juiz, afirma o advogado e assessor jurídico do porto, Henry Rossdeutcher.
O porto quer botar o casarão na chón para ampliar a área de atracação, a fim de que o terminal receba navios maiores. O assessor, que de patrimônio histórico não entende porra nenhuma, não se faz de rogado, e afirma que o prédio não possui tanta importância histórica para o município, por isso, poderia ser demolido sem maiores preocupações.
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O local era usado como depósito dos materiais da construção do próprio porto, por isso, não nos parece que tenha toda uma relevância patrimonial e cultural para Itajaí. Fora isso, o prédio fica localizado numa área restrita de mobilidade urbana, e será difícil abrir o imóvel para visitação, argumenta o dotô, tentando criar todo o tipo de dificuldade para o cumprimento do acordo de arrendamento do porto, que previa, como contrapartida da areendatária, o restauro do prédio.
Para a arquiteta Luciana Ferreira, membro do conselho de Patrimônio da city, questionar a importância histórica do prédio é só mais uma desculpa arrumada, pois o porto tá fazendo de tudo para que o prédio despenque por si só. Eles querem saber mais que o pessoal do conselho estadual e municipal de cultura. Se duas instâncias já falaram que o local tem importância pública, quem mais precisa afirmar para que eles acreditem?, tasca. Eles já derrubaram uma quadra inteira para ampliar o porto e vão destruir a cidade toda se for preciso, porque acham que o porto é mais importante que a cultura e a história do município, detona Luciana.