O aposentado Arno Scharf, 64 anos, está puto com a construção de um deque anexo ao calçadão da praia do Gravatá, em Navegantes. A estrutura de madeira, feita por uma escola de surfe, foi autorizada pela fundação do Meio Ambiente dengo-dengo, a Fuman. Na opinião do seu Arno, a obra é uma baita sacanagem, já que os quiosques ao longo da praia foram demolidos. Por que uma escola de surfe pode?, questionou.
Segundo Arno, a turma das ondas iniciou os trabalhos quinta-feira da semana passada. Passei lá e vi uns caras capinando e já tinha uns paus por lá, conta. Ano passado, o ministério Público Federal ...
 
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Segundo Arno, a turma das ondas iniciou os trabalhos quinta-feira da semana passada. Passei lá e vi uns caras capinando e já tinha uns paus por lá, conta. Ano passado, o ministério Público Federal (MPF) pediu a retirada dos quiosques construídos em cima das dunas e da restinga, já que é uma área de Preservação Permanente (APP). Para o aposentado, a ação do MPF foi um descaso com a população. Os surfistas podem fazer um deque, mas os aposentados que usavam os quiosques pra jogar bocha não têm mais espaço de lazer, debulhou Arno.
O presidente da associação dos Esportes Radicais de Navegantes, Julio Cesar, o Jacuva, 50, explica que a construção da passarela foi feita para favorecer a comunidade. A ideia para o deque, que fica em frente à loja de surfe Ricardo Katisca, na avenida Prefeito José Adolfo Cabral, a Beira Mar, é usá-lo pelos próprios surfistas durante os eventos realizados na praia. Aquilo ali não tem fim comercial. Como a gente faz eventos na praia, seria bom ter um espaço para usarmos sem precisar invadir a calçada, justifica Jacuva. Na opinião dele, o deque não vai ter impacto ambiental e até um biólogo da associação já deu um bizu na área pra dar um ok.
O superintendente da Fuman, Paulo Mafra, confirma que liberou a construção e garante que a obra não prejudica o meio ambiente. Estruturas para fins comerciais na orla não podem, mas esta é de interesse social, foi construída por uma empresa particular, que depois doou para a prefeitura. O deque está ao lado de um acesso fixo à área de banho, sobre rochas, e não afeta as áreas de restinga, explica o abobrão.