O veleiro FenétréA Cardinal aumentou a diferença para o segundo colocado, o Actual, e está bem perto de vencer a regata Transat Jacques Vabre na categoria Multi50. No fim da tarde de ontem, a diferença entre os dois barcos já era de 50 milhas náuticas [pouco mais de 90 quilômetros]. Os outros dois competidores ainda na disputa, o Rennes métropole/St-Malo e o Vers un monde sans sida, aparecem bem mais atrás, a cerca de 1,9 mil quilômetros dos líderes. A previsão é que os dois mais bem colocados cruzem a linha de chegada, em Itajaí, ainda nesta quinta-feira.
A diferença entre o FenétréA Cadinal e o Actual começou a aumentar na madrugada de ontem, após um problema na vela gennaker [usada pra pra dar mais velocidade e controle ao barco, pincipalmente ...
A diferença entre o FenétréA Cadinal e o Actual começou a aumentar na madrugada de ontem, após um problema na vela gennaker [usada pra pra dar mais velocidade e controle ao barco, pincipalmente em ventos que pegam a embarcação de lado] do Actual. O problema obrigou os velejadores Yves le Blevec e Kiko de Pavant a passarem mais de uma hora tentando solucionar a avaria entre os litorais baiano e capixaba. O problema na vela foi reparado, mas o processo levou tempo. Tivemos que adotar uma estratégia mais a oeste, evitando ventos mais fortes. O objetivo é recuperar a diferença em Cabo Frio, explicou Yves le Blevec.
A diferença, que chegou a ser de 50 quilômetros na terça-feira, pulou para 92km durante a madrugada de quarta-feira. De acordo com análises feitas ontem, os dois barcos, que avançavam pela costa do Espírito Santo em direção ao Sul do Brasil com velocidade média de 40 quilômetros por hora, devem chegar ainda hoje à city peixeira.
Apesar da vantagem cômoda do FenétréA, a dupla Erwan Le Roux e Yann Elies espera que as últimas milhas sejam as mais difíceis de todo o percurso. Essas horas são as mais difíceis desde o início da corrida em Le Havre e exigem um olhar atento. Você precisa encontrar o equilíbrio certo entre acelerar e parar o barco, revelou Erwan.
Veleiros da Classe 40 ainda não chegaram ao Brasil
A única categoria da regata que ainda não chegou ao litoral brasileiro foi a Classe 40. Os três primeiros colocados ainda se aproximavam da região dos Doldrums, conhecida por ventos indecifráveis, praticamente no meio do oceano Atlântico. O barco GDF Suez mantém a liderança desde a saída de Havre, mas ele segue acompanhado de perto por Mare, que vem cerca de 60 quilômetros atrás, e pelo Tales Santander 2014.
Essa diferença pode mudar, principalmente em função da passagem pela calmaria na Linha do Equador. Estamos chegando cada vez mais perto do Pot au Noir e de olho no GDF SUEZ. Aliás, todo mundo está. Fizemos um ataque dois dias atrás e vamos tentar outro, disse Pierre Brasseur, co-skipper do Mare.