Itajaí

Bagunça no PIS deixa povão sem seguro desemprego

Unificação no número de quem tinha mais de um cadastro causou a confusão. Pessoal está siferrando pra conseguir liberar a grana

Uma mudança que rolou no começo do ano tem dado uma baita dor de cabeça no povão que precisa do seguro desemprego. A bagrona do ministério do Trabalho peixeiro, Daise Cristina da Silva, diz que pelo menos metade dos cidadãos que procuram a agência recebem o benefício com atraso. Tudo porque, segundo ela, a Caixa Econômica Federal unificou o número do programa de Integração Social (PIS). “Acontece que, em muitos casos, a Caixa optou por um número inativo, o que tem gerado o problema”, explica.

Foi justamente o que aconteceu com o conferente de expedição Rafael Diego da Luz, 30 anos. Depois de trampar por quase dois anos na Havan de Barra Velha, ele foi demitido em meados de outubro. Solicitou ...

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Foi justamente o que aconteceu com o conferente de expedição Rafael Diego da Luz, 30 anos. Depois de trampar por quase dois anos na Havan de Barra Velha, ele foi demitido em meados de outubro. Solicitou o seguro desemprego, mas a parcela de R$ 1050 não foi depositada. Cabreiro com as contas por vencer e sem grana, na semana passada o rapaz procurou a agência do sistema Nacional de Empregos (Sine) de Penha. “As atendentes disseram que estavam sem sistema e falaram pra eu ir no ministério do Trabalho em Itajaí”, conta.

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Naquela altura do campeonato, mal sabia Rafael que a saga para receber o dindim estava só começando. Na quarta-feira, dia 20, ele foi até a agência, na rua Pedro Ferreira, no centro peixeiro, e reclama que foi super mal-atendido. “No sistema dizia que a parcela tinha sido devolvida para o estado e quando perguntei o que significava, uma funcionária disse que era pra eu esperar e que não tinha obrigação de me informar nada. Ela ainda falou que o problema era com a Caixa”, bufa.

Rafael conta que ainda pediu o nome da funcionária, que trabalhava sem crachá, e ela teria se identificado como Elaine. O rapaz procurou, então, a agência da Caixa de Penha, onde mora. Lá, segundo ele, ninguém soube informar bulhufas sobre o que poderia ter causado o perrengue. “Um joga pro outro, e ninguém resolve”, reclama.

Além de ter o dinheiro brecado, o que mais deixa o cara irritado é o fato de não saber o que está rolando nem como resolver o perrengue. “É como se a gente fosse um ser humano medíocre, que por estar sem emprego não precisasse de informação”, lasca.

A chefona do escritório peixeiro do ministério do Trabalho, Daise Cristina da Silva, diz que pelo menos metade dos cerca de 40 trabalhadores que procuram a agência por dia tem sofrido com o perrengue desde o começo do ano, quando houve a unificação do número do PIS. Para piorar ainda mais a situação, ela conta que desde o começo de novembro a agência estava com o sistema atravancado, porque o ministério mandou instalar programas de segurança nos computadores, semelhantes aos usados pelos bancos. “Estou, inclusive, com uma pilha de PIS pra fazer a mudança”, diz.

A bagrona explica que Rafael, assim como uma renca de gente que não consegue receber o benefício por conta do perrengue, precisa ir à agência da Caixa pedir qual é o número do PIS que está valendo. Depois, o cabra tem que voltar ao ministério do Trabalho com o número e pedir a troca e a reemissão da parcela. De acordo com Daise, o dinheiro cai na conta do desempregado cerca de uma semana depois do procedimento.

A Caixa Econômica Federal diz que o processo para unificar os cadastros dos usuários existe há mais de 10 anos, mas que no começo deste ano mudou as regras para encontrar os registros duplicados. Com isso, mais pessoas tiveram o cadastro regularizado, gerando o perrengue. Os bagrões do banco dizem que a medida é necessária pra que o povão cadastrado mais de uma vez tivesse uma identificação segura.

Para diminuir a via crucis do pessoal que perdeu o emprego, a Caixa afirma que já está mandando para o ministério do Trabalho o número do PIS ativo, mas carca que o ministério ainda precisa melhorar o sistema informatizado para poder aproveitar a informação sem ter que mandar o povão pra lá e pra cá.

Atendimento meia-boca

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Sobre a funcionária carrancuda e mal-educada, Daise diz que não tem nenhuma Elaine trampando no local e quis colocar no fiofó dos estagiários. “Pode ser que tenha sido um dos estagiários, que ainda não terminaram o treinamento”, solta. Segundo ela, todos os barnabés recebem treinamento e são orientados a informar o povão sobre os perrengues. A abobrona recomenda que o povão insatisfeito com o atendimento na agência faça a reclamação pela internet na ouvidoria do ministério. O saite é www.mte.gov.br – no link da ouvidoria.



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