Quem é VIP Solidário no evento aventura Pelos Mares do Mundo tem uma pá de arregos. Um deles é participar do sorteio pra passear de barco pelo rio Itajaí-Açu no domingo. A viagem é a bordo do veleiro Amazonas e os convidados apreciam Itajaí e Navegantes por um ângulo diferente. Pra ser Vip Solidário, o povão só teve que escolher uma instituição cadastrada na festa e contribuir com, pelo menos, R$ 25.
O barco chiquetoso atrai os olhares dos visitantes da Vila da Regata. Por fora, lembra um barco pirata, mas basta entrar pra descobrir que, na verdade, trata-se de uma mansão flutuante. Todo de ...
O barco chiquetoso atrai os olhares dos visitantes da Vila da Regata. Por fora, lembra um barco pirata, mas basta entrar pra descobrir que, na verdade, trata-se de uma mansão flutuante. Todo de madeira, o diferencial do barco de 80 pés são os acabamentos.
De tão aconchegante, as amigas Beatriz Corrêa, 13 anos, e Brenda Brenda Vasconcelos Lunelli, 12, já planejam morar um dia num barcão como ele. Com aquele quarto incrível do comandante, com certeza eu morari. É muito legal, é muito grande e muito chique, elogia Beatriz.
Durante o passeio de duas horas, os sortudos puderam conhecer todos os cantinhos do veleiro. No terceiro nível, o mais baixo, há cinco suítes, sala de visitas, de jantar e a cozinha. Sentados no sofá chiquetoso, os velejadores podem observar a paisagem pelas janelas de vigia, que foram recuperadas de um navio naufragado.
Subindo um lance de escadas, fica a sala de navegação com todos os equipamentos tecnológicos que garantem a segurança em alto-mar. Mais pra cima, já no primeiro nível, é onde as sensações de velejar são sentidas na pele. Sentado na área coberta ou segurando na barra de proteção da proa, o público sente o ventinho gelado cortar o rosto e a paisagem correr ao redor. É uma sensação maravilhosa. Eu moro aqui há mais de 30 anos e nunca tinha passeado pelo rio, nem visto o porto assim, revela a aposentada Alcione dos Santos, 64.
Quem também embarcou no passeio foi o velejador amador Arthur Mc Laren, 55. Ele veio navegando do Rio de Janeiro até Itajaí pra conferir a chegada dos barcos da Transat Jacques Vabre. E não deixou falar sobre a chance de conhecer o veleiro Amazonas. Itajaí me recebeu muito bem. É um exemplo de nível internacional em eventos náuticos. Eu tô encantado com a cidade, e esse barco Amazonas é o crème de la crème da vela, opina.
Navegando atrás de tubarão
Empresário, contador, administrador, especialista em turismo e hotelaria, piloto de avião e mergulhador. Esse é o currículo de Cláudio Fischer, 54, anos, proprietário e comandante do Amazonas. Dono do extinto hotel Fischer, ele comprou o barco há quatro anos pra cruzar os mares movido pela força do vento. Nessa brincadeira, ele já foi até as praias paradisíacas do Caribe e ao nordeste do Brasil.
No entanto, o barco está prestes a cruzar novos destinos. Mergulhador profissional, Cláudio quer transformar o Amazonas em um barco de pesquisas, principalmente de tubarões.
Quantos tubarões temos na região? Para onde eles migram? Nós não temos esses dados, porque não há estrutura pra pesquisa. Eu quero dar essa estrutura para a comunidade acadêmica, revela. O trampo deve iniciar em 2014, quando Cláudio espera conseguir incentivos de colegas da iniciativa privada.
O Amazonas tem 15 anos e é o terceiro maior veleiro brazuca. O casco foi feito em Biguaçu. Quem assina a obra de arte é Horácio Carabelli, navegador e engenheiro de renome internacional. Já o interior luxuoso foi montado em Navega.