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Não deu pra city peixeira. Disputando menos modalidades que o rival e largando atrás no último dia dos jogos Abertos da Santa & Bela, sábado, na Terra dos Alemóns, Itajaí viu Blumenau confirmar o favoritismo e voltar a vencer os JASC depois de cinco anos. O último título tinha rolado em Jaraguá do Sul, em 2007. É o 40º título da maior campeã da competição. Apesar do vice, a peixeirada, que foi líder do primeiro ponto até à tarde de sexta-feira, comemorou. Foi o segundo vice seguido da cidade, que até ano passado nunca tinha ficado nem entre os quatro primeiros colocados.
A confirmação matemática do caneco alemón veio ainda pela manhã de sábado no campo sintético do clube de Caça e Tiro Velha Central, onde Blumenau, com a camisa do Metrô, levou o título do futebol ao bater Floripa, representado pelo Guarani de Palhoça, por 3 a 0. Ali já não tinha mais chance de a peixarada reverter a situação.
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Blumenau ainda ganhou as duas últimas disputas do dia. Com o ouro de Marcelo Moser na prova de estrada, os alemóns levaram o título geral do ciclismo, com Brusque e Floripa vindo na sequência. E a última partida foi a da disputa do título do basquete masculino, em cima das bailarinas, por 79 a 71.
Nós tropeçamos no começo, mas depois aconteceram algumas coisas erradas com eles (Itajaí) e nós tínhamos fôlego, tínhamos a qualidade e nosso trabalho de base. Usamos a nossa base e trouxemos apenas alguns reforços, que foram significativos, comemorava depois do título do basquete o presidente da CCO e da fundação de Desportos (FMD) de Blumenau, Sérgio Galdino. Dentro de Blumenau, nós tínhamos a obrigação de decidir.
Mas susto os alemóns tomaram. Principalmente quando Itajaí chegou a abrir 62 pontos de vantagem. Não estava previsto. Mas sabíamos que teríamos condições de reverter. Na quarta-feira, fizemos mais de 70 pontos, enquanto Itajaí fez 27 ou 28, se não me falha a memória. Tínhamos que arrancar na quarta, e isso aconteceu, senão não teria mais como recuperar, analisa.
Passando oito dias e meio na liderança numa competição de 10 dias, Itajaí poderia até ganhar o rótulo de cavalo paraguaio ou lamentar o de vice. Mas a turma da fundação Municipal de Esporte e Lazer (FMEL) diz que não. Estamos muito felizes com o resultado. Itajaí bateu o seu recorde de pontos na competição, lembra o superintendente Fabrício Marinho. Sobre o ano que vem, o chefão do esporte peixeiro joga o favoritismo pro rival e prega humildade, ao dizer que a meta é ficar mais uma vez entre os três primeiros.
City peixeira leva os dois canecos do tênis de mesa
No começo da tarde saíram os outros dois canecos de Itajaí, que se juntaram ao do futsal como os últimos da peixarada nessa edição dos JASC. A equipe de tênis de mesa, comandada por Edson Silva, o Cebola, repetiu o feito do ano passado e foi campeão tanto do masculino quanto do feminino.
Os dois finalistas do ano passado, Itajaí e Concórdia, se cruzaram na semifinal do masculino este ano. E em disputa acirrada, a equipe liderada por Thiago Monteiro bateu os colonos por 3 a 1 indo pra final contra Criciúma. Uma vitória por 3 a 2 garantiu o título.
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Entre as minas, se Itajaí tinha a china Yu Fu, Blumenau tinha as ex-seleção Maíra Ranzeiro e Valesca Maranhão. E a equipe da casa foi a campeã por equipe. Mas os títulos individuais e nas duplas garantiu pontuação pra Itajaí ficar com o caneco.
Minas do handebol de Itajaí ficam sem medalhas
No começo da tarde de sábado, Itajaí foi em busca de sua última medalha na competição. Foi na disputa pelo bronze do handebol feminino contra Videira. E como praticamente toda a segunda fase da modalidade, foi uma partida dura e equilibrada. Na semifinal, Itajaí caiu pra Concórdia, atual campeã da liga Nacional, com gol no último minuto. Já Videira tombou diante das donas da casa.
Foi um jogo onde as defesas se destacaram e quem se deu melhor foi a turma do Oeste, que venceu a partida por 20 a 18. Apesar de não terem faturado as medalhas, as meninas do técnico Norton Cordini ficaram em quarto lugar, garantindo três pontos pra Itajaí.
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Vitória sofrida consagra o futsal peixeiro
Já tinham rolado seis gols pra cada lado e o goleirão peixeiro havia acabado de pegar um pênalti, quando Fabiano correu, encheu o pé e enfiou a gorduchinha no fundo da rede pra garantir o título do futsal masculino da primeira divisão pra Itajaí, que há 11 anos não disputava os jogos Abertos da Santa & Bela (JASC). Ano que vem, a equipe disputa em casa a divisão especial. Vai ser a primeira vez que um time da cidade-sede disputa a elite do futsal dos Jogos desde que a divisão foi criada em 2010.
O jogo da semi, quando Itajaí bateu os donos da casa, terminou depois das 23h de sexta-feira. E 14 horas depois a equipe voltava à quadra, desta vez pra fazer a final contra Chapecó. Itajaí tinha o desfalque do veterano goleiro Ivan, machucado, e três suspensos, entre eles, o herói do acesso: Willian Negão. E foi um William, mas o colono, quem abriu o placar já no primeiro minuto de partida. Pouco depois, Chapecó fez 2 a 0. No finalzinho da primeira etapa, Juninho partiu pela esquerda e diminuiu pra city peixeira. Menos de dois minutos do segundo tempo, Pablo mandou um foguete no canto do goleio Maizena e deixou tudo igual.
O time peixeiro passou mais um tempo jogando com goleiro na linha, mas depois que duas bolas bateram marcação e quase entraram, o time do técnico Fiu voltou a usar goleiro fixo. Com mais gás, os colonos tinham mais a bola e Itajaí se fechou em seu campo de defesa, assustando apenas nos contra-ataques.
Como mais ninguém balançou a rede, a partida foi pra prorrogação. E foram dois tempos de nervosismo e sustos pros dois lados. Numa das várias chances peixeiras, Pablo cruzou rasteiro, Maicon deu o carrinho, mas não chegou na bola. Sem gols, a disputa foi pros pênaltis.
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Todo o mundo ia acertando tudo, mas Itajaí tomou um susto. Foi quando Andy chutou quase no meio e Maizena espalmou, mas a bola acabou entrando. Quando estava seis a seis, o goleirão peixeiro esticou o pé e defendeu a cobrança, deixando pra Fabiano decidir a favor da city peixeira.
Estou muito feliz. Isso é um trabalho de quatro anos. Eu disse que em quatro anos tínhamos que ter um objetivo, senão eu ia desistir. Infelizmente, pra quem estava secando, o Mail não vai desistir, comemorou Amauri Gabriel Boemer, coordenador da equipe. Não estamos aqui pra fazer graça. Estamos pra fazer história, meteu.
Nada incomodou tanto a equipe durante a campanha quanto as provocações de que era um time de velhos e ex-atletas. Isso não foi esquecido com a conquista. Tudo isso que falaram, menosprezando a gente, serviu pra nos dar motivação de vir aqui e mostrar que se fala lá fora, mas se decide aqui dentro. Essas pessoas agora estão de orelhinha baixa, cabecinha baixa, porque quem comandou a festa fomos nós, completou Amauri.
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